PEDRO DANTAS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O Ministério da Saúde anunciou a contratação emergencial de 1.140 profissionais para a rede municipal de saúde do Rio de Janeiro, sob intervenção federal desde o dia 10. A verba para a contratação será abatida dos fundos que a prefeitura recebe do Sistema Único de Saúde.
Médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem e profissionais de apoio serão contratados por seis meses. Os trabalhadores convocados constam do banco de concursados do Hospital Estadual Pedro Ernesto, da Secretaria Estadual de Saúde e do Hospital Geral de Bonsucesso.
Os salários dos contratados da área médica vão de R$ 1.916 para os médicos a R$ 688 para os auxiliares. Os nomes dos convocados serão publicados hoje nos jornais de maior circulação no Rio.
Segundo o coordenador da intervenção, Sérgio Côrtes, os contratados trabalharão nas emergências dos seis hospitais municipais sob intervenção e no Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência), que deve funcionar em dez dias. Côrtes informou que haverá novos editais de contratação emergencial para cobrir UTIs e atendimento especializado.
Na noite de sexta-feira, o Ministério da Saúde obteve duas vitórias em ações contra a prefeitura na Justiça Federal. Uma liminar impede que o município suspenda licitações, contratações e obras nos hospitais sob intervenção.
A 11ª Vara Federal também expediu um mandado de busca e apreensão de kits de exame de sangue no almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde, no Rocha (zona norte). A ação será cumprida pela Polícia Federal amanhã. O fornecimento dos kits havia sido suspenso pela prefeitura, que exigia do ministério uma requisição formal. A prefeitura informou que só vai se manifestar sobre as decisões judiciais após ser notificada oficialmente.
Os interventores informaram ainda que comprarão 360 tipos de medicamentos e R$ 500 mil em material de laboratório.


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