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Cai número de penas alternativas aplicadas
da Reportagem Local
O número de presos condenados
que estão cumprindo penas alternativas caiu no censo divulgado
ontem pelo Ministério da Justiça.
De acordo com o censo, há 1.516
presos cumprindo penas alternativas no Brasil.
Em 1995, havia 2.098 condenados cumprindo esse tipo de pena,
também chamada de pena restritiva de direitos. Para cumprir esse
tipo de pena, o réu precisa ser condenado e ter sua pena substituída
pelo juiz. Para isso, a condenação
não pode passar de um ano.
A maior parte desses condenados está prestando serviços à comunidade: 689, o que representa
46%. Outros 505 estão com limitação de fim-de-semana, o que significa não poder sair de casa nos
finais de semana. Os outros 322
condenados estão com interdição
temporária de direitos.
Para Licínio Barbosa, do Conselho Nacional de Política Criminal
e Penitenciária, essa tendência reclinante pode ser invertida com a
aprovação pelo Senado da nova lei
de penas alternativas, que já foi
aprovada pela Câmara.
Por essa lei, o tempo máximo de
condenação para a aplicação de
penas alternativas sobe para quatro anos. E o rol de penas sobe das
três atuais para sete, incluindo
multas e indenização financeira às
vítimas. Segundo o relator do processo, senador Romeu Tuma, o
Senado deve aprová-lo até o início
de abril.
Pequenas causas
Mas enquanto a aplicação das
três penas alternativas previstas
pelo Código Penal cai, outro tipo
de pena alternativa vem tendo sua
aplicação fomentada.
Desde novembro de 1995, quando foi aprovada a lei que criou os
Juizados Especiais Criminais, o
juiz pode dar a pena alternativa ao
réu antes de ele ser levado a julgamento. Esses juizados, também
conhecidos como juizados de pequenas causas, podem aplicar penas como multas, indenizações e
pagamento de cestas básicas.
Segundo o juiz Luiz Flávio Gomes, apenas no ano passado, mais
de 300 mil pessoas foram condenadas a penas alternativas por juizados de pequenas causas no Estado de São Paulo. "Esses números
não chegam às estatísticas porque
os réus não são condenados criminalmente", explicou.
(OC)
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