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Góticos invadem cemitérios todas as noites
da Reportagem Local
Os cemitérios de São Paulo enfrentam problemas com invasões
de grupos de jovens góticos todas
as noites, mas violações de túmulos são extremamente raras, segundo o assessor de imprensa do
Serviço Funerário do Município
de São Paulo, Carlos Gilberto Alves, que também é pesquisador da
história dos cemitérios paulistas.
"Registramos uma ou duas violações por ano em todos os cemitérios", disse Alves. Ele acredita
que os cinco jovens presos ontem
não sejam góticos.
"Os góticos não costumam abrir
os túmulos. Eles vão para conversar ou beber. Mas isso não significa que não dêem trabalho para os
vigilantes. É um terror", disse.
Segundo Alves, é proibido entrar
em cemitérios após as 18h. "Essa
norma é definida pelo ato 326 de
1932."
O problema para fiscalizar é
grande, pois, juntos, os 22 cemitérios de São Paulo têm 3,5 milhões
de m2.
Cinco desses cemitérios -Araçá, Santana, Quarta Parada, Consolação e Santo Amaro- são do
século passado. "Há obras de arte
de valor inestimável nesses cemitérios", afirma Alves.
Entre os cemitérios históricos, o
do Araçá é o maior, com 222 mil
m2. "Quando foi inaugurado, em
1897, esqueceram de contratar coveiros", disse o assessor.
Enquanto os nobres e seus descendentes eram enterrados no cemitério da Consolação -como a
marquesa de Santos, por exemplo-, no Araçá eram enterrados
imigrantes italianos que enriqueceram no Brasil.
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