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Um em cada nove
usa droga no Estado
da Reportagem Local
A pesquisa realizada pelo Diap
sobre o consumo de drogas no Estado apontou também que, em
média, 1 em cada 9 habitantes usa
frequentemente maconha, cocaína ou crack.
Isso representa um universo estimado em cerca de 4 milhões de
pessoas no Estado usuárias/dependentes de drogas.
Segundo a pesquisa, a idade do
dependente varia de 12 a 40 anos.
``Esse número certamente deve
ser maior'', afirma Godofredo Bittecourt, da Divisão de Inteligência
e Apoio Policial do Denarc.
Sua afirmação é baseada no fato
de que os dependentes de drogas
legais (como as anfetaminas ou
calmantes, por exemplo) não estão
incluídos na estatística.
O Denarc não tem estimativa de
quanto dinheiro o tráfico movimenta no Estado.
``Não temos controle nenhum
sobre o tráfico de drogas legais em
São Paulo'', diz o diretor.
No ano passado, a Polícia Civil
paulista apreendeu apenas 60 cápsulas de dietilpropiona.
Trata-se de uma das anfetaminas
mais usadas por dependentes químicos. Só pode ser comprada mediante receita e tem a venda controlada pelo governo.
A dietilpropiona é utilizada em
remédios para emagrecer e provoca sensações de euforia e ansiedade, semelhantes à cocaína.
Assim como a cocaína e o crack,
a substância também pode causar
a morte do dependente, por parada cardíaca ou mesmo colapso do
sistema nervoso central.
Estatísticas
O Denarc estima que não mais
que 10% das drogas que chegam à
capital e Grande São Paulo são
apreendidas pela polícia (veja quadros ao lado com dados de apreensão e pontos de tráfico).
Segundo o Denarc, os traficantes
já perceberam que é muito mais
vantajoso receber cargas de pasta
de coca do que receber a cocaína
para produzir o crack.
``A pasta de coca quase não tem
cheiro, além de ser mais barata do
que o pó puro'', diz o diretor do
Diap. No mercado sul-americano,
um quilo de cocaína pura é vendido por R$ 3.000. Um quilo de pasta
custa R$ 1.500.
(RF)
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