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Católicos iniciam celebração da Páscoa
da Reportagem Local
Cerca de 700 mil paulistanos católicos devem começar a celebrar
hoje a Páscoa, com a Bênção dos
Santos Óleos, segundo estimativa
da Arquidiocese de São Paulo. A
celebração termina com a vigília
pascal, no sábado à noite.
Neste ano, além das missas tradicionais, a Arquidiocese de São
Paulo, a Anhembi Turismo e a
prefeitura promoverão, pela primeira vez, o Auto da Paixão de
Cristo. Segundo a Anhembi, são
esperadas pelo menos menos 20
mil pessoas para o espetáculo. O
custo, arcado pela prefeitura, foi
de R$ 75 mil.
A encenação será ao ar livre, no
sambódromo, e reunirá cerca de
cem atores e figurantes, a partir
das 19h de amanhã. A entrada do
evento é franca.
A Páscoa é considerada pela
Igreja Católica a celebração mais
importante do ano.
"A Páscoa significa a passagem
da morte para uma situação melhor", afirmou o porta-voz da Arquidiocese de São Paulo, monsenhor Arnaldo Beltrami.
Depois do Domingo de Páscoa,
quando é celebrada a ressurreição, começam os preparativos para a festa de Pentecostes, que representa a manifestação do Espírito Santo sobre os apóstolos, 50
dias após a ressurreição.
Neste ano, o significado da Páscoa, que representa a ressurreição
de Cristo e do povo católico, ganha uma interpretação política
em muitas pastorais católicas.
"A Páscoa significa também a
passagem da corrupção para a ética na política", disse o padre Júlio
Lancelotti, da Pastoral do Povo da
Rua e do Menor de São Paulo.
A pastoral coordenada pelo padre Júlio vai repetir, pelo quinto
ano consecutivo, uma série de cerimônias, com a participação de
aproximadamente 400 dos cerca
de 9.000 moradores de rua da capital (veja quadro).
O evento é um protesto contra a
política de exclusão social dos governos, de acordo com o padre.
Além de reivindicar condições
de dignidade para a população de
rua, a pastoral preparou um apelo
ao governo estadual.
O padre quer que o governador
Mário Covas (PSDB) desista de
mandar adolescentes infratores
para a unidade da Febem em Parelheiros (zona sul), considerada
inadequada para menores.
(SA)
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