São Paulo, quinta-feira, 20 de abril de 2000


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Católicos iniciam celebração da Páscoa

da Reportagem Local

Cerca de 700 mil paulistanos católicos devem começar a celebrar hoje a Páscoa, com a Bênção dos Santos Óleos, segundo estimativa da Arquidiocese de São Paulo. A celebração termina com a vigília pascal, no sábado à noite.
Neste ano, além das missas tradicionais, a Arquidiocese de São Paulo, a Anhembi Turismo e a prefeitura promoverão, pela primeira vez, o Auto da Paixão de Cristo. Segundo a Anhembi, são esperadas pelo menos menos 20 mil pessoas para o espetáculo. O custo, arcado pela prefeitura, foi de R$ 75 mil.
A encenação será ao ar livre, no sambódromo, e reunirá cerca de cem atores e figurantes, a partir das 19h de amanhã. A entrada do evento é franca.
A Páscoa é considerada pela Igreja Católica a celebração mais importante do ano.
"A Páscoa significa a passagem da morte para uma situação melhor", afirmou o porta-voz da Arquidiocese de São Paulo, monsenhor Arnaldo Beltrami.
Depois do Domingo de Páscoa, quando é celebrada a ressurreição, começam os preparativos para a festa de Pentecostes, que representa a manifestação do Espírito Santo sobre os apóstolos, 50 dias após a ressurreição.
Neste ano, o significado da Páscoa, que representa a ressurreição de Cristo e do povo católico, ganha uma interpretação política em muitas pastorais católicas.
"A Páscoa significa também a passagem da corrupção para a ética na política", disse o padre Júlio Lancelotti, da Pastoral do Povo da Rua e do Menor de São Paulo.
A pastoral coordenada pelo padre Júlio vai repetir, pelo quinto ano consecutivo, uma série de cerimônias, com a participação de aproximadamente 400 dos cerca de 9.000 moradores de rua da capital (veja quadro).
O evento é um protesto contra a política de exclusão social dos governos, de acordo com o padre.
Além de reivindicar condições de dignidade para a população de rua, a pastoral preparou um apelo ao governo estadual.
O padre quer que o governador Mário Covas (PSDB) desista de mandar adolescentes infratores para a unidade da Febem em Parelheiros (zona sul), considerada inadequada para menores. (SA)

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