São Paulo, quinta-feira, 20 de abril de 2000


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Pitta usou vistorias em eleição

da Reportagem Local

A vistoria de alimentos na cidade de São Paulo já viveu pelo menos dois grandes "booms", um em 1994 e outro em 1996 -ano da eleição do prefeito Celso Pitta.
Os períodos foram marcados por fiscalização acirrada, trapalhadas da Semab e a figura da veterinária Cleide Maria Teixeira da Silva, responsável na época pela Supervisão das Divisões de Controle do Abastecimento -setor que cuidava diretamente da fiscalização de alimentos.
Em 1994, Cleide ganhou fama de "xerife". Suas equipes vistoriaram cerca de 35 mil estabelecimentos, inclusive restaurantes como o Bargaço, a Cantina Balila e unidades do Pizza Hut, Galleto's e Viena.
A veterinária ganhou espaço na mídia. Ficou pouco mais de um ano no cargo e cultivou desafetos, que consideravam suas blitze sensacionalistas, um show desnecessário. Acabou demitida e contratada em 95 pela Secretaria do Planejamento.
Em agosto de 94, a Semab se envolveu em problemas ao divulgar uma lista com 71 produtos considerados impróprios. Entre as marcas envolvidas na denúncia estavam Sadia, Etti e Nestlé.
Mais tarde, descobriu-se que a análise dos produtos não era legítima, porque não tinha sido feita de acordo com a legislação. O então secretário do Abastecimento, Waldemar Costa Filho, foi acusado de ter favorecido a empresa alimentícia de um amigo.
Em 96, casas noturnas, como o Limelight, nos Jardins (bairro nobre de São Paulo), hospitais, restaurantes e cafés foram interditados por problemas com higiene, acondicionamento de alimentos e validades vencidas.
Na época, o então candidato à prefeitura Celso Pitta destacou, em seu programa político, o trabalho realizado pelo prefeito Paulo Maluf na fiscalização de alimentos. "Nossos fiscais trabalham 24 horas", afirmou Pitta. (MV)


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