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Pitta usou vistorias em eleição
da Reportagem Local
A vistoria de alimentos na cidade de São Paulo já viveu pelo menos dois grandes "booms", um
em 1994 e outro em 1996 -ano da
eleição do prefeito Celso Pitta.
Os períodos foram marcados
por fiscalização acirrada, trapalhadas da Semab e a figura da veterinária Cleide Maria Teixeira da
Silva, responsável na época pela
Supervisão das Divisões de Controle do Abastecimento -setor
que cuidava diretamente da fiscalização de alimentos.
Em 1994, Cleide ganhou fama
de "xerife". Suas equipes vistoriaram cerca de 35 mil estabelecimentos, inclusive restaurantes
como o Bargaço, a Cantina Balila
e unidades do Pizza Hut, Galleto's
e Viena.
A veterinária ganhou espaço na
mídia. Ficou pouco mais de um
ano no cargo e cultivou desafetos,
que consideravam suas blitze sensacionalistas, um show desnecessário. Acabou demitida e contratada em 95 pela Secretaria do Planejamento.
Em agosto de 94, a Semab se envolveu em problemas ao divulgar
uma lista com 71 produtos considerados impróprios. Entre as
marcas envolvidas na denúncia
estavam Sadia, Etti e Nestlé.
Mais tarde, descobriu-se que a
análise dos produtos não era legítima, porque não tinha sido feita
de acordo com a legislação. O então secretário do Abastecimento,
Waldemar Costa Filho, foi acusado de ter favorecido a empresa
alimentícia de um amigo.
Em 96, casas noturnas, como o
Limelight, nos Jardins (bairro nobre de São Paulo), hospitais, restaurantes e cafés foram interditados por problemas com higiene,
acondicionamento de alimentos e
validades vencidas.
Na época, o então candidato à
prefeitura Celso Pitta destacou,
em seu programa político, o trabalho realizado pelo prefeito Paulo Maluf na fiscalização de alimentos. "Nossos fiscais trabalham 24 horas", afirmou Pitta.
(MV)
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