São Paulo, sábado, 20 de maio de 2000


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Secretário diz que houve excesso "de lado a lado"

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário de Governo do Estado de São Paulo, Antonio Angarita, disse ontem que houve excesso da polícia e dos manifestantes anteontem, durante o confronto na avenida Paulista.
"Houve excesso, posso imaginar, de lado a lado", afirmou, após se reunir, no Palácio dos Bandeirantes, com o senador Eduardo Suplicy (PT) e líderes sindicais.
"Quem controla a lógica da multidão? Houve excesso de cá, excesso de lá, e assim por diante", disse Angarita, para quem "os riscos aumentam em função dos métodos escolhidos" pelos manifestantes.
O encontro entre o secretário de Governo e representantes dos professores, trabalhadores da saúde e de saneamento foi marcado a pedido de Suplicy.
O senador disse que a intenção era "estabelecer um diálogo em termos civilizados" para apresentar as propostas dos grevistas.
"Os representantes também manifestaram seu protesto, sua estranheza diante dos fatos ocorridos na Paulista", disse Suplicy.
Participaram da reunião os presidentes da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo), Sindsaúde (Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Estado de São Paulo), Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente) e Fórum das Seis (que reúne os trabalhadores da USP, Unesp, Unicamp, Fatecs e escolas técnicas).
O secretário Angarita não comentou a possibilidade de as reivindicações salariais serem atendidas. "A promessa é que eu vou reportar os termos dessa reunião ao governador Mário Covas." Ele disse que o encontro não significava uma negociação.
O senador Suplicy pediu que o governo se manifeste antes do próximo protesto, marcado para o dia 25, em frente ao Palácio dos Bandeirantes. "Houve um apelo para que, antes da próxima quinta-feira, haja resposta, que será dada aos representantes das entidades", afirmou. A realização da manifestação do dia 25 independe, no entanto, de o governo apresentar uma proposta.
Além desse, os líderes sindicais também vão estudar a realização de um ato para repudiar oficialmente a atitude da Polícia Militar anteontem, quando manifestantes ficaram feridos após serem atingidos por bombas de gás e efeito moral e balas de borracha. (ALENCAR IZIDORO)


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