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Irmãs são levadas ao Suriname para trabalhar como prostitutas
DA AGÊNCIA FOLHA
A Polícia Federal do Pará vai investigar denúncia de que mulheres brasileiras estariam sendo aliciadas em Belém (PA) para trabalhar, em cárcere privado, em
prostíbulos no Suriname.
Anteontem, duas irmãs, que teriam fugido de um dos bordéis,
prestaram depoimento à polícia e
relataram a exploração.
Isabel Ineth da Silva, 21, e Ivanete Ineth da Silva, 35, contaram ao
delegado Rui Romão, da Polícia
Civil de Belém, que receberam
uma proposta de uma prima para
trabalhar como cozinheiras em
uma boate em Paramaribo, capital do país.
Segundo as irmãs, elas descobriram ao chegar no Suriname,
em 8 de março, que o trabalho era
de prostituição.
Um homem entregou às mulheres um "contrato de trabalho".
Entre as cláusulas estaria a que revelava as funções que teriam de
exercer.
Isabel e Ivanete declararam que
não aceitaram assinar o documento e passaram, de acordo
com o depoimento, a ser maltratadas.
Elas disseram que pelo menos
outras cem mulheres -brasileiras, na maioria- viveriam na
boate. As garotas teriam de pagar
uma diária de US$ 100 pela hospedagem na casa, além de arcar com
despesas de alimentação.
As irmãs contaram à polícia que
aproveitaram um momento de
distração dos vigilantes para escapar. Elas teriam pego um táxi e
ido à embaixada brasileira em Paramaribo, onde teriam recebido
apoio para voltar ao Brasil.
A Agência Folha falou por telefone com a embaixada para confirmar a história. Uma funcionária disse que só na segunda-feira o
fato poderia ser esclarecido.
O delegado Romão entregou à
PF os depoimentos e o boletim de
ocorrência. As apurações começam na próxima semana.
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