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Confronto em manifestação fere dez trabalhadores em Americana
DA FOLHA CAMPINAS
Um confronto entre 50 trabalhadores do transporte rodoviário
e policiais militares deixou dez
pessoas feridas ontem em Americana (133 km de São Paulo) durante protesto da campanha salarial da categoria.
O confronto começou às 7h30,
quando os manifestantes tentaram impedir a saída de ônibus do
terminal rodoviário, que fica no
centro da cidade.
Os manifestantes bloquearam
uma das pistas da avenida Antônio Lobo, uma das mais movimentadas de Americana, com
uma perua Kombi. A PM guinchou a perua e os manifestantes
deitaram no chão.
"A PM espancou os manifestantes", disse Fernando César Gonçalves, assessor do sindicato.
O comando da PM em Americana nega a agressão. "Usamos
apenas o corpo-a-corpo. Não usamos bombas de efeito moral",
disse o major Claudemar Andreoli, comandante do 19º Batalhão de
Polícia Militar do Interior.
Segundo a corporação, a PM teria sido agredida com expressões
como "macaco do governo" e negou que houve feridos.
O comandante afirmou que os
manifestantes estavam atrapalhando o trânsito.
Até ontem à noite, o diretor do
Sindicato dos Químicos de Americana, Paulo Antonio dos Santos,
que apoiava os rodoviários, permanecia internado com suspeita
de fratura em uma costela.
Os sindicalistas acusam a PM de
promover duas sessões de pancadaria contra cerca de 20 manifestantes. No total, cerca de 50 pessoas participavam do protesto.
O vereador Davi Ramos (PC do
B), que participava do ato, foi algemado por uma hora e disse que
também apanhou. Segundo o sindicato, a prefeitura sabia da manifestação, ficou responsável pela
fiscalização do trânsito e ofereceu
a ajuda da Guarda Municipal.
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