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INFÂNCIA
Dois delegados de Curitiba estão entre os detidos
Paraná prende 11 policiais acusados de exploração sexual de crianças
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Onze policiais civis do Paraná
foram presos ontem sob acusação
de integrarem uma rede que explorava, em Curitiba, o comércio
sexual de meninas de 10 a 12 anos,
extorquindo pedófilos. Há dois
delegados entre os presos. A ordem de prisão foi baseada em investigação de um mês da Corregedoria da Polícia Civil.
Foram 14 os mandados de prisão contra policiais. Três não haviam sido cumpridos ontem. Luciana Polerá Correia Cardoso, 21,
suposta agenciadora do esquema,
está foragida. O secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando
Delazari, disse que a investigação
se estendeu aos clientes de Luciana, mas não informou se há uma
relação de suspeitos.
Por envolver crianças, o caso está sob sigilo judicial. Delazari
usou esse argumento para preservar a identidade dos policiais.
Mas listou formação de quadrilha, estupro, atentado violento ao
pudor, exploração sexual e comercial infanto-juvenil, corrupção de menor e concussão [extorsão] como os crimes praticados.
De acordo com a investigação, a
suposta agenciadora prometia dinheiro a meninas pobres que aliciava em escolas da periferia. Na
outra ponta, fazia buscas de homens em chats na internet. O perfil mais visado era dos que tinham
mais de 50 anos. Ela também
mantinha um site de prostituição,
que a polícia tirou do ar.
Os clientes eram atraídos para
motéis, hotéis ou ao apartamento
da agenciadora. Quando se encontravam com as meninas, havia
uma batida policial. Ao final, exigiam de R$ 5.000 a R$ 30 mil para
não realizar prisão em flagrante.
Delazari disse que a maioria dos
""flagrados" pagou a propina para
se livrar do inquérito.
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