COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Em fevereiro deste ano, dores de cabeça incessantes levaram o músico Ricardo Ramos da Cruz, 29, o Tato, do grupo Falamansa, a procurar um especialista.
Exames de tomografia computadorizada e ressonância magnética diagnosticaram um meningioma, um tumor cerebral em estado já avançado. "Era tão grande que chamaram de meningioma gigante. Já ocupava quase metade da caixa craniana."
No dia seguinte ao exame, Tato foi internado e operado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Dezoito horas depois, o músico se recuperava na UTI neurológica do hospital. "Fiquei um dia e meio só na UTI e tinha muitos aparelhos ligados a mim, na cabeça, no peito, no dedo. De 15 em 15 minutos alguém verificava minha pressão e minha temperatura e isso tudo é muito bom, porque te deixa seguro."
Dificuldade na fala e na coordenação motora são seqüelas possíveis nesse tipo de cirurgia, e Tato sabia disso.
"Fiquei muito apreensivo porque são as coisas que mais uso no trabalho. Mas assim que acordei já falei e vi que tudo mexia direito", lembra. "Depois de um mês fazia meu primeiro show."


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