São Paulo, quinta-feira, 20 de junho de 2002

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Estudos serão usados para combater crime

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

A Pestraf (Pesquisa sobre Tráfico de Mulheres, Crianças e Adolescentes para Fins de Exploração Sexual) está articulada com outros levantamentos sobre o assunto que foram realizados em oito países da América Latina e Caribe -todos baseados num estudo-piloto da OEA (Organização dos Estados Americanos).
Quando todas as pesquisas estiverem concluídas, será possível comparar as informações e determinar qual é a posição ocupada pelo Brasil no "ranking" dos países exportadores de mulheres para o mercado do sexo.
Os estudos também serão utilizados na elaboração de um tratado interamericano que deverá possibilitar a colaboração entre os países no combate ao tráfico de mulheres.
Os dados coletados não refletem, no entanto, a totalidade do problema.
"A notificação dos casos de tráfico de mulheres é extremante falha. Muitos são registrados como desaparecimento ou fuga do lar", declara Maria Lúcia Leal, coordenadora técnica da Pestraf.
As informações da pesquisa foram coletadas em fontes governamentais, ONGs, conselhos tutelares, registros na mídia, entrevistas com vítimas do tráfico, inquéritos na Polícia Federal e no Ministério Público e ações em varas de Justiça de 20 Estados brasileiros.
Coordenada pela ONG Cecria (Centro de Referência, Estudos e Ações sobre a Criança e Adolescente), a Pestraf envolveu cerca de 130 pessoas de diversas organizações ligadas ao combate à exploração sexual.
Entre os envolvidos no estudo estão pesquisadores, professores, militantes e educadores. (MA)


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