da FT

O secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Francisco Graziano, disse ontem que o leite distribuído pelo Estado a mais de 700 mil crianças carentes não traz nenhum risco à saúde.
"Tenho tranquilidade em dizer isso (que não há riscos à saúde), apesar de uma amostra ter apresentado condições higiênicas insatisfatórias", disse. "Nunca recebemos reclamações de diarréia ou doença provocada pelo leite."
Ontem, a Folha informou que um laudo do Instituto Adolfo Lutz encontrou 9,3 coliformes fecais por mililitro em uma amostra de leite -o máximo permitido é de 2 coliformes por mililitro.
Ele anunciou que a Secretaria de Estado da Saúde vai fazer uma pesquisa com crianças que participam e que não participam do programa do leite para verificar se o produto aumenta a incidência de doenças.
Segundo o secretário, "o leite tipo A é o único com qualidade garantida", mas o governo não compra esse produto por falta de recursos.
O secretário Graziano anunciou ontem também que, a partir de 1º de outubro, o leite distribuído pelo Estado será suplementado com ferro e vitaminas, como já acontecia em gestões anteriores.
Graziano disse ainda que as empresas fornecedoras precisarão apresentar atestados de qualidade.
O edital para compra de leite deverá ser lançado ainda nesta semana. Desde o início do ano o produto é entregue por contratos de emergência. (RC)


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