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VIOLÊNCIA
Os mortos foram atingidos nas imediações do colégio
Aluno é baleado dentro de escola no interior; em SP, dois morrem
DA FOLHA RIBEIRÃO
O estudante Carlos Eduardo
Aranjo, 16, foi atingido anteontem à noite por três tiros dentro
da escola municipal Elza Rosalina
Onetti Pegorano, na periferia de
Jardinópolis (334 km de SP).
Aranjo, que é aluno da segunda
série do segundo ciclo do ensino
fundamental, foi atingido por três
de 12 tiros disparados por dois
homens encapuzados que subiram no muro da escola durante o
intervalo dos cerca de 70 alunos
do curso noturno.
Os tiros atingiram a barriga, um
dos braços e o pênis do garoto. O
crime foi por volta das 21h.
Para a Polícia Civil, Aranjo foi
atingido por engano -os autores
dos disparos estariam querendo
acertar contas com outro aluno,
que tem envolvimento com o tráfico de drogas.
As aulas do período noturno foram suspensas até sexta-feira.
O adolescente foi operado ontem de manhã no Hospital das
Clínicas de Ribeirão Preto. Ele teve que fazer reconstrução do pênis e passa bem.
De acordo com a diretora da escola, Regina Célia Said Saud, a vítima é um dos melhores alunos e
não tem inimigos declarados. "Se
todos os alunos fossem como ele,
só teríamos alegrias."
Ontem uma equipe de investigadores esteve na escola para ouvir A.,17, que seria o alvo dos tiros.
"O menino disse que sabia que os
tiros eram para ele. Acredito que a
vítima foi confundida com A., já
que estava escuro", disse o investigador Lázaro Jair Fernandes.
O prefeito de Jardinópolis, José
Amauri Pegoraro (PTB), esteve
ontem na escola e disse que vai reforçar a segurança na área.
Outros casos
Em São Paulo, outros dois alunos foram baleados e mortos próximo a escolas públicas.
O primeiro caso ocorreu às 13h
de segunda, em frente à Escola Estadual Pedro de Alcântara Marcondes, em Ermelino Matarazzo
(zona leste da capital). Bruno dos
Santos, 13, estudante da 6ª série,
foi morto com um tiro na cabeça
por um homem.
Seis horas depois, a estudante
Patrícia Moreira, 20, foi alvo de
três tiros quando estava ao lado
da quadra do colégio João Ernesto
Faggin, em Americanópolis (zona
sul), também estadual.
Grávida de três meses, ela chegava para as aulas, junto com o irmão de criação, quando um homem encapuzado e de luvas atirou três vezes. Ela foi socorrida,
mas não resistiu.
A Secretaria Estadual da Educação não comentou os casos nem a
segurança nas escolas.
(DA FOLHA RIBEIRÃO E DO "AGORA")
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