São Paulo, sexta-feira, 20 de agosto de 2004

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Casal recorre a serviço de parteira

DA REPORTAGEM LOCAL

Enquanto muita gente escolhe a cesariana por considerar o método mais prático e indolor, a terapeuta floral Vivian Lustig, 39, decidiu que dar à luz em casa.
"Eu e meu marido acreditamos que os filhos podem nascer de modo natural", afirma Vivian, moradora do Campo Belo (zona sul de São Paulo), o 13º em percentagem de cesarianas entre os 96 distritos paulistanos.
Para fazer o parto, que durou 74 horas e meia, ela recorreu ao serviço de uma parteira. A bolsa estourou parcialmente à meia-noite e meia do último domingo, mas a filha de Vivian, Francesca, só veio à luz às 3h de anteontem.
A parteira Vilma Nishi, 50, chamada pela terapeuta, é enfermeira obstetra há 27 anos e começou a fazer partos em casa há cerca de quatro anos. "As mulheres que me procuram têm essa indignação de cesárea com hora marcada", conta a parteira, que cobra R$ 2.000 e tem de duas a três clientes por mês.
A outra filha de Vivian, Daphne, de cinco anos e meio, também nasceu em casa. Aos 39, a terapeuta conta que nem pensou em recorrer a um hospital por medo de eventuais complicações. "Deus me livre. A recuperação [em casa] é mais fácil, estou aqui inteirona, andando pra lá e pra cá", diz.
Mas complicações há. A parteira conta que houve um caso em que a mãe não conseguia ter o filho, e foram ao hospital. Acabou bem. Em caso de prematuros, a idéia também é cancelada. (PDL)


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