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Casal recorre a serviço de parteira
DA REPORTAGEM LOCAL
Enquanto muita gente escolhe a
cesariana por considerar o método mais prático e indolor, a terapeuta floral Vivian Lustig, 39, decidiu que dar à luz em casa.
"Eu e meu marido acreditamos
que os filhos podem nascer de
modo natural", afirma Vivian,
moradora do Campo Belo (zona
sul de São Paulo), o 13º em percentagem de cesarianas entre os
96 distritos paulistanos.
Para fazer o parto, que durou 74
horas e meia, ela recorreu ao serviço de uma parteira. A bolsa estourou parcialmente à meia-noite
e meia do último domingo, mas a
filha de Vivian, Francesca, só veio
à luz às 3h de anteontem.
A parteira Vilma Nishi, 50, chamada pela terapeuta, é enfermeira
obstetra há 27 anos e começou a
fazer partos em casa há cerca de
quatro anos. "As mulheres que
me procuram têm essa indignação de cesárea com hora marcada", conta a parteira, que cobra
R$ 2.000 e tem de duas a três
clientes por mês.
A outra filha de Vivian, Daphne,
de cinco anos e meio, também
nasceu em casa. Aos 39, a terapeuta conta que nem pensou em
recorrer a um hospital por medo
de eventuais complicações. "Deus
me livre. A recuperação [em casa]
é mais fácil, estou aqui inteirona,
andando pra lá e pra cá", diz.
Mas complicações há. A parteira conta que houve um caso em
que a mãe não conseguia ter o filho, e foram ao hospital. Acabou
bem. Em caso de prematuros, a
idéia também é cancelada.
(PDL)
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