São Paulo, sábado, 20 de agosto de 2011

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Casal de MG pode ter pego dinheiro de "sequestrada"

Polícia apura se suspeitos do sequestro de jovem mineira usavam pensão dela

Na casa onde garota de 24 anos foi encontrada, policiais acharam uma procuração para venda de imóvel em seu nome

PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga se o casal suspeito de ter sequestrado uma jovem de 24 anos ainda bebê em Contagem (região metropolitana de Belo Horizonte) obteve vantagens financeiras dela.
A delegada Cristina Coelli, responsável pelo caso, pediu ao INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) que veja se há uma pensão por incapacidade em nome da jovem.
O objetivo é saber se a dona de casa Neli Maria Neves, 53, e o policial militar aposentado Jair Narcizo de Lacerda, 65, que a registraram como filha, são responsáveis por recebê-la.
Natália, como a moça foi identificada pela polícia, morava com o casal e pode ter deficiência mental.
Segundo a polícia, uma procuração em nome da jovem foi apreendida no apartamento do casal. O documento permite que Natália venda um imóvel.
Os investigadores encontraram no local também um laudo psiquiátrico atestando que a moça é incapaz. O psiquiatra que assina o laudo será ouvido. O nome dele não foi divulgado pela polícia.

INVESTIGAÇÃO
O casal está preso sob suspeita de sequestrar outra menina, de sete anos, no início deste mês. A polícia chegou até Neli por causa de um retrato falado da suposta sequestradora da criança. Com a divulgação da imagem, a garota foi libertada.
Ao investigar esse caso, a polícia encontrou Natália vivendo na casa deles.
Além da hipótese de sequestro, a polícia suspeita de que a moça tenha sido entregue ao casal pela mãe biológica, que já morreu. Ela era tia de Neli, segundo testemunhas e a própria investigada.
Em depoimento, Neli -que já cumpriu pena por matar o antigo marido- disse que a tia deu Natália para ela criar. Ela também admitiu o sequestro da criança de sete anos, segundo informações da polícia. Lacerda se negou a falar em juízo.
Natália, que está sob cuidados da Secretaria de Defesa Social, ainda não foi ouvida pelos policiais.


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