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AJUSTE DE CONTAS
Promotora
dá explicações
a juíza durante
julgamento
SILVANA DE FREITAS
da Sucursal de Brasília
A promotora de Justiça Maria
José Pereira, 40, procurou ontem a juíza Sandra De Santis
Mello, 50, durante um julgamento no Tribunal do Júri de
Brasília, para negar que a esteja
criticando publicamente.
Dez minutos de cochichos
entre as duas foram suficientes
para que elas recebessem um
discreto pedido de silêncio do
promotor do caso em julgamento, Jairo Bisol, filho do
ex-senador José Paulo Bisol.
Maria José disse a Sandra Mello que, embora a elogie nas entrevistas, os jornalistas não estariam reproduzindo, com fidelidade, suas afirmações. As
duas confirmaram à Folha o
teor da conversa.
Amigas há mais de 12 anos,
elas estão em lados opostos na
polêmica sobre a punição aos
jovens que atearam fogo ao índio pataxó Galdino Jesus dos
Santos.
Presidente do Tribunal do Júri de Brasília, Sandra Mello
desqualificou, na semana passada, o crime como homicídio
doloso. Com a sentença, sinalizou a aplicação da pena máxima de 12 anos. Maria José, responsável pela acusação, recorreu anteontem contra essa decisão.
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