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Vítima não acredita que
ele retorne ao crime
da Reportagem Local
Hoje completa 30 anos e 40 dias
que o ex-gerente de banco A.M.,
73, foi acordado com o facho de
luz da lanterna do "Bandido da
Luz Vermelha".
Luz Vermelha foi preso um mês
depois de ter invadido o sobrado
de A.M, no Cambuci (região central de São Paulo).
O ex-gerente, então com 43 anos,
teve o desgosto de ser acordado, às
5h30 do dia 10 de julho de 1967, pela lanterna de um dos criminosos
mais temidos do Brasil. No entanto, ele diz não temer a liberdade do
Luz Vermelha.
"Não acredito que ele volte ao
crime", disse o ex-gerente de banco, que, entretanto, não permite
que seu nome seja divulgado.
Assalto
"Fui acordado com a lanterna
no meu rosto. A minha mulher
continuou dormindo. O assaltante
-A.M. saberia que se tratava do
Bandido da Luz Vermelha somente horas depois do roubo-, uma
pessoa calma, pediu para que eu
abrisse o cofre", contou.
Luz Vermelha estendeu um paletó da vítima no chão, onde depositou jóias, relógios e canetas. "Ele
fez uma trouxa como paletó e saiu
pela porta da frente, calmamente.
Apenas pediu para não segui-lo.
Acho que o criminoso não teve
uma reação violenta porque consegui manter a calma", disse A.M.
"No quarto, ele disse que era o
Bandido da Luz Vermelha, mas,
no momento do assalto, não me
lembrei de quem se tratava. Fui saber somente no banco, quando fui
trabalhar, logo após o roubo. Aí eu
fiquei com medo", contou o ex-gerente, que tinha os cinco filhos -o
mais velho com nove anos- dormindo no momento do assalto.
"Não chamei a polícia, apenas
avisei o cosme-e-damião (grupo
de policiais que fazia ronda na década de 60), que não prendeu o ladrão."
Colaborou o NP
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