São Paulo, quarta, 20 de agosto de 1997.



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Agente capturou Luz sem usar arma

DÉCIO GALINA
do NP

O responsável pela prisão do "Bandido da Luz Vermelha" em 1967 está hoje aposentado, morando em Curitiba (PR), tem 66 anos e passa o tempo pescando e cuidando de quatro netos.
Fioravante dos Santos, que na época era agente policial, ainda lembra como executou sua ação mais famosa, que lhe valeu até um prêmio em dinheiro, pago pelo Chacrinha.
"Eu estava atrás da porta da casa onde o Luz Vermelha ia chegar. Quando ele entrou, agarrei seu cabelo, apliquei um 'balão' (passou o corpo do bandido por cima de sua cabeça) e o derrubei deitado no sofá", lembrou.
"Em seguida, o desarmei. Ele carregava uma (pistola) 7,65 (mm) nas costas e um revólver calibre 38 na cintura."

Sem armas
O policial afirma que não estava armado para enfrentar o Bandido da Luz Vermelha.
"Não queria trocar tiros com ele. Eu o queria vivo", afirma Santos.
Após imobilizar Luz Vermelha, os policiais que estavam com Santos entraram para algemá-lo.
Participaram da ação o delegado Moupir do Amaral e os agentes Edgard Polchlopek e José G. L. Aymoré, que já morreu.
No mesmo dia em que a captura foi feita, os policiais levaram o Luz Vermelha para São Paulo.
"Usamos o Chevrolet 51 vermelho e branco do delegado", disse Santos.

Banheiro
"Paramos em Registro (185 km de São Paulo) para tomar um café. O bandido (Luz Vermelha) pediu para ir ao banheiro e nós falamos para ele aguardar um pouco", comentou.
O problema é que Luz Vermelha não estava disposto a esperar. "Quando percebemos, ele já urinava embaixo do balcão", afirmou o policial.
Se na ação com o Luz Vermelha o agente Santos não chegou a se ferir, em toda a sua carreira como policial, que durou 35 anos, ele acabou com um saldo de oito tiros e cinco facadas.



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