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Agente capturou
Luz sem usar arma
DÉCIO GALINA
do NP
O responsável pela prisão do
"Bandido da Luz Vermelha" em
1967 está hoje aposentado, morando em Curitiba (PR), tem 66 anos e
passa o tempo pescando e cuidando de quatro netos.
Fioravante dos Santos, que na
época era agente policial, ainda
lembra como executou sua ação
mais famosa, que lhe valeu até um
prêmio em dinheiro, pago pelo
Chacrinha.
"Eu estava atrás da porta da casa
onde o Luz Vermelha ia chegar.
Quando ele entrou, agarrei seu cabelo, apliquei um 'balão' (passou
o corpo do bandido por cima de
sua cabeça) e o derrubei deitado
no sofá", lembrou.
"Em seguida, o desarmei. Ele
carregava uma (pistola) 7,65
(mm) nas costas e um revólver calibre 38 na cintura."
Sem armas
O policial afirma que não estava
armado para enfrentar o Bandido
da Luz Vermelha.
"Não queria trocar tiros com
ele. Eu o queria vivo", afirma Santos.
Após imobilizar Luz Vermelha,
os policiais que estavam com Santos entraram para algemá-lo.
Participaram da ação o delegado
Moupir do Amaral e os agentes
Edgard Polchlopek e José G. L. Aymoré, que já morreu.
No mesmo dia em que a captura
foi feita, os policiais levaram o Luz
Vermelha para São Paulo.
"Usamos o Chevrolet 51 vermelho e branco do delegado", disse
Santos.
Banheiro
"Paramos em Registro (185 km
de São Paulo) para tomar um café.
O bandido (Luz Vermelha) pediu
para ir ao banheiro e nós falamos
para ele aguardar um pouco", comentou.
O problema é que Luz Vermelha
não estava disposto a esperar.
"Quando percebemos, ele já urinava embaixo do balcão", afirmou o policial.
Se na ação com o Luz Vermelha o
agente Santos não chegou a se ferir, em toda a sua carreira como
policial, que durou 35 anos, ele
acabou com um saldo de oito tiros
e cinco facadas.
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