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Justiça manda
prender mais
cinco policiais
DA REPORTAGEM LOCAL
A Justiça de São Paulo decretou ontem a prisão temporária
de mais cinco policiais civis
-dois delegados e três investigadores- suspeitos de terem
transformado uma delegacia
da capital, o 33º DP (Pirituba),
em um "escritório de crimes",
segundo a Promotoria.
Os policiais estariam envolvidos em concussão (extorsão
cometida por funcionário público), receptação, corrupção,
tráfico e prevaricação.
Ontem à noite, a Corregedoria da Polícia Civil prendeu o
delegado titular do 33º DP, Luiz
Claudio Ferreti, e os investigadores Paulo Roberto Ferreira
da Silva e Eduardo Ferreira
Bueno. O delegado-assistente
do DP, Nelson de Camargo Rosa, e o investigador Marcelo
Moura Cardoso ficaram de se
apresentar aos corregedores.
Em uma semana, nove policiais civis -três delegados,
cinco investigadores e um
agente- tiveram a prisão decretada pela juíza-corregedora
do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais), Ivana David
Boriero. Os quatro primeiros
foram presos segunda-feira.
O Dipo e promotores do Gaeco investigam uma rede criminosa descoberta por meio de
grampos telefônicos, da mesma investigação do Ministério
Público Federal que radiografou o contrabando de cigarros
e adulteração de combustível.
Uma parte da apuração indica a participação de policiais na
escolta de criminosos e de suas
cargas. Em outra ponta, policiais foram flagrados envolvidos em outros crimes, como
roubo de carga, de carros e tráfico de drogas, entre outros.
Policiais que tiveram a prisão
decretada ontem, por exemplo,
teriam vendido em Santos, no
litoral paulista, vidros de lança-perfume que haviam apreendido no 33º DP.
(AS)
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