São Paulo, quinta-feira, 20 de setembro de 2007

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Ex-secretário nega ter ofendido parlamentares

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-secretário da Segurança Pública de São Paulo Saulo de Castro Abreu Filho foi procurado ontem durante toda a tarde para comentar a decisão do Tribunal de Justiça, mas, até a conclusão desta edição, não havia respondido aos recados deixados pela reportagem.
Até o fechamento desta edição, a Folha também não obteve resposta dos seus advogados aos pedidos de entrevista.
Durante a análise da denúncia pelos desembargadores do TJ, a defesa do ex-secretário da Segurança Pública, em 12 de março deste ano, alegou que "nenhuma ofensa à dignidade e ao decoro dos parlamentares presentes foi proferida pelo deferente".
A defesa argumentou ainda que o clima na reunião, um mês após a onda de ataques do PCC, era de "guerra política (...) num momento em que as forças policiais sofriam duro ataque de organização criminosa".
Em 6 de agosto, os advogados do ex-secretário, Manuel Alceu Affonso Ferreira e Eduardo Pizarro Carnelós, encaminharam documento ao desembargador Renato Nalini, relator do processo, negando que Saulo tenha feito gestos obscenos durante a sessão na Assembléia Legislativa de São Paulo.
"Saulo nunca expressou aquele gesto [de erguer o dedo médio], que, na verdade, somente foi obtido por meio do congelamento [fotográfico] duma seqüência em que ele mordia a ponta de seu dedo", diz o texto.
Por fim, os advogados argumentaram que as acusações são improcedentes. O relator do processo, desembargador Renato Nalini, defendeu Saulo, mas foi voto vencido.
Como possui foro privilegiado por ser promotor de Justiça, o processo corre no TJ. Serão ouvidas novamente as testemunhas de acusação e de defesa.
Caso haja condenação, Saulo pode receber pena de seis meses a dois anos de detenção ou multa.
É o segundo processo ao qual o ex-secretário responde. O primeiro é por suposto abuso de poder por ter mandado prender o dono e um manobrista de um restaurante no Itaim Bibi (zona oeste de São Paulo) em 2005. (KT)


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