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Funcionário é acusado de matar executivo
Polícia diz ter esclarecido caso do mexicano Emílio Herrera, diretor da empresa de tecnologia Softtek que estava desaparecido
Investigação aponta que Herrera foi estrangulado por um auxiliar administrativo com quem mantinha um relacionamento amoroso
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
A polícia de São Paulo afirma
ter esclarecido o desaparecimento e o assassinato do mexicano Emílio Rojas Herrera, 46,
diretor corporativo mundial de
capital humano da Softtek,
uma das maiores empresas de
tecnologia da informação do
mundo, com mais de 5.000 funcionários.
Segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) de SP, Herrera foi
estrangulado por um auxiliar
administrativo da própria Softtek, Fábio Aparecido Alves de
Araújo, 26, com quem mantinha um relacionamento amoroso havia alguns meses.
Os dois se conheceram pela
internet, e Araújo havia sido
contratado por Herrera. Por diversas vezes, os dois se separaram e voltaram. Segundo a polícia, os atritos eram causados
por Araújo não querer deixar a
namorada e assumir a homossexualidade. Herrera, ainda segundo a polícia, teria até presenteado Araújo com um carro.
Na noite de 6 de setembro,
após o trabalho, Herrera voltou
para seu apartamento na rua
Bela Cintra, nos Jardins (zona
oeste de SP) e, como sempre fazia, saiu para ir a uma academia. Foi a última vez que e executivo mexicano foi visto.
Como Herrera tinha uma
reunião na sucursal da Softtek
na Colômbia, no dia 7, e não
apareceu, os outros dirigentes
da empresa acionaram funcionários para localizá-lo.
O consulado do México em
São Paulo também pediu providências por parte da polícia e,
no dia 10, Herrera entrou na lista de pessoas desaparecidas.
Perfil
Para tentar achá-lo, os investigadores do DHPP começaram
a fazer um perfil de Herrera e
quem eram as pessoas mais
próximas dele. Foi assim que
chegaram ao nome de Araújo.
Nos seus interrogatórios,
Araújo deu informações incorretas sobre o executivo, inclusive a de que ele havia sido visto
pela última vez vestindo uma
blusa vermelha. Ele também
quis omitir da polícia a homossexualidade.
Em mais um depoimento,
quando os investigadores deixaram claro o grande número
de indícios contra ele, Araújo,
segundo a polícia, assumiu o assassinato do namorado e os levou ao corpo da vítima, encontrado em um barranco no Km
61 da rodovia Castello Branco,
em São Roque (59 km de SP).
Araújo teria confessado à polícia que matou Herrera no
apartamento dele, com um pedaço de fio, colocou o corpo em
uma mala e o levou até a Castello Branco no carro da vítima,
uma Pajero TR4.
O fio usado no crime, o lençol
no qual o corpo de Herrera ficou algumas horas, os celulares
dele e a carteira com documentos foram jogados em uma rua
do Jardim Europa, vizinho aos
Jardins. O corpo de Herrera foi
trasladado para a Cidade do
México, onde foi cremado.
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