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outro lado
Imóveis devem ser legalizados antes da entrega, diz secretário
DA REPORTAGEM LOCAL
Secretário de Estado da Habitação e presidente da CDHU
(Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano),
Lair Krähenbühl afirma que, ao
tomar posse, em 2007, decidiu
"represar" a entrega de novas
moradias a fim de inaugurá-las
somente depois que elas estivessem totalmente legalizadas.
Krähenbühl diz ter constatado, após um levantamento, que
havia 115 mil moradias da
CDHU no Estado que foram
comercializadas sem as aprovações necessárias, incluindo o
registro no cartório de imóveis.
"A diretriz da atuação da
CDHU determina que os empreendimentos, ainda que tenham suas obras concluídas, só
serão comercializados e entregues uma vez cumpridas todas
as exigências legais", afirma nota da Secretaria da Habitação.
Segundo a nota, entre as exigências que devem ser cumpridas estão às relativas aos órgãos
ambientais, aos bombeiros, às
prefeituras (Habite-se) e a outros órgãos, como o Ministério
das Cidades, a Caixa Econômica Federal e o Banco Interamericano de Desenvolvimento.
A nota da pasta conclui: "Essa nova sistemática enseja, às
vezes, que determinados empreendimentos sejam vistos
como "prontos" , quando na verdade ainda exigem uma série de
providências e encaminhamentos, cujos prazos independem da companhia".
No caso específico do conjunto do Ipiranga, onde 382
apartamentos estão prontos há
quase um ano, a secretaria afirma que os prédios aguardam
apenas o Habite-se. A pasta não
dá prazo para ocupação.
"Existem pessoas que estão
pagando pelo apartamento há
20 anos e ainda não têm o título
de propriedade, porque tudo
começou de maneira irregular", afirma Krähenbühl, segundo quem o problema vem
de muitos anos, incluindo vários governos anteriores.
O PSDB, partido do governador José Serra, administra o
Estado há 14 anos. O secretário
diz que não se trata de atribuir
as irregularidades a um governo ou outro. Segundo sua assessoria, há casos de irregularidades de governos anteriores.
Além da legalização dos empreendimentos, Krähenbühl
diz que houve melhora na qualidade dos conjuntos entregues, que agora têm, por exemplo, apartamentos maiores.
Quanto ao não cumprimento
das metas estabelecidas nas leis
orçamentárias anuais, a secretaria diz que estabeleceu novas
prioridades, como a recuperação de bairros degradados e a
urbanização de favelas.
(CC)
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