|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
40% das denúncias de tortura envolvem GOE e Garra, da Civil
da Reportagem Local
Ao mesmo tempo em que aumentou o número de vítimas de
policiais militares em horários de
folga, cresceram os casos de PMs
que foram mortos quando não estavam trabalhando de farda.
De acordo com dados da ouvidoria, 23 dos 29 policiais militares
assassinados morreram durante a
folga, entre julho e setembro deste
ano. No mesmo período do ano
passado, foram 17 (de 19).
Já em serviço, seis policiais militares morreram neste terceiro trimestre, quatro a mais do que no
ano passado.
"Mais um vez, os dados indicam
que o policial estava envolvido em
algum bico. Ele mata fora de serviço, mas também morre", afirmou Mariano.
De julho a setembro deste ano,
13 policiais civis morreram. Desses, 7 estavam em serviço e 6 em
folga. No mesmo período do ano
passado, 3 morreram em serviço e
8 em folga.
Causas
Para Mariano, o número de
mortes de policiais civis está ligado à inexperiência deles em operações de combate.
"O policial civil está ocupando
cada vez mais a função do militar,
que é mais operacional. Essa não é
a função deles. A formação do civil é para uma polícia judiciária e
investigativa e, por isso, eles não
têm formação para ir para as
ruas", afirmou.
Segundo o ouvidor, 40% das denúncias de tortura envolvendo
policiais estão relacionadas com a
atuação do GOE (Grupo de Operações Especiais) e do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) -os dois grupos
são formados por policiais civis.
"Se tirassem o GOE e o Garra
das ruas e colocassem esses homens para cuidar de distritos e cadeias de São Paulo, as denúncias
de homicídio e tortura seriam
menores", disse Mariano.
Texto Anterior: OAB liga aumento de mortes à falta de controle de comandos Próximo Texto: Polícia: Pelé culpa político corrupto por violência Índice
|