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POLÍCIA
Ex-jogador diz em Santos que quase foi assaltado por culpa de políticos, que desviam "verba para estudo"
Pelé culpa político corrupto por violência
FAUSTO SIQUEIRA
da Agência Folha, em Santos
O ex-jogador Pelé culpou a corrupção dos políticos pela tentativa de assalto que sofreu há duas
semanas no bairro do Itaim, em
São Paulo.
O assalto a Pelé e à mulher dele,
Assíria, que estavam no interior
de um carro, não se consumou
porque os dois ladrões o reconheceram e desistiram da ação.
"Acho que o garoto que me reconheceu deve ser um daqueles
que me vê lutando para que a sociedade e o governo acabem com
a corrupção e dêem educação para eles", disse Pelé em entrevista à
rádio CBN.
Para o ex-jogador e empresário,
os assaltantes "não têm culpa"
por se encontrarem nessa condição. "Eles não tiveram a verba que
era para o estudo e foi roubada
pela maioria dos políticos", disse.
Pelé aproveitou a folga dos jogadores profissionais e amadores do
time do Santos e esteve ontem pela manhã no centro de treinamento do clube, onde concedeu a entrevista, para fazer fisioterapia no
joelho recentemente operado.
Ele também defendeu o filho
Edinho, 29, condenado pela Justiça local a um ano e seis meses de
prisão em regime semi-aberto
por ter supostamente participado
de um racha que resultou na morte do aposentado Pedro Simões
Neto, em outubro de 92.
Os advogados de Edinho e de
Marcílio José Marinho de Melo,
25, cujo carro atropelou o aposentado, tentam obter do Tribunal de
Justiça do Estado a anulação do
julgamento sob o argumento de
que houve contradições nos depoimentos das testemunhas e de
que um dos jurados estaria em
tratamento psicológico.
Pelé negou que o filho estivesse
participando de racha e disse que
a divulgação dada ao fato provocou a impressão de que Edinho tivesse atropelado o aposentado.
Pelé afirmou que não tinha
muita preocupação com o julgamento porque considerava que as
evidências de que Edinho não tinha participação no suposto racha "eram tão claras, que para nós
parecia que estava tudo certo,
mas na realidade não estava".
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