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[!] Foco
Pinturas ocultas nos 4 altares lançam novas pistas sobre a arte do período
Lee Jin-man/Associated Press
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Pintura do século 18 descoberta pelos restauradores embaixo de camada de tinta preta |
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Figuras pintadas há séculos, que estavam perdidas, foram redescobertas na restauração da capela de São Miguel. Imagens com flores, folhagens e símbolos religiosos
foram encontradas nos altares, sob uma pintura convencional já desgastada.
A descoberta contraria
conceitos sobre o estilo dos
religiosos que viviam na cidade nessa época. Os jesuítas
usaram muitas cores para
adornar o ambiente, o que vai
contra a imagem de comedimento que a ordem possui.
Para o responsável pela
restauração da parte artística
da capela, Júlio Moraes, as
obras são de grande valor cultural. "São pinturas preciosas, de competência e plástica
muito grandes. Pela pincelada, vemos que era um artista
erudito e muito hábil", diz.
As imagens estavam escondidas embaixo de uma camada de tinta preta, feita de óleo
queimado. Com o passar do
tempo, partes da superfície
foram descolando e revelaram as pinturas ocultas.
Pela tipologia das figuras,
as pinturas datam do século
18, segundo Moraes. Uma
análise em laboratório dos
pigmentos de tinta remanescentes devem indicar com
mais precisão a idade das
obras. Um dos quatro altares
foi levado para o ateliê do restaurador. A equipe do projeto
está decapando o material em
busca de novas imagens ocultas. O plano é usar também
fotografias em infravermelho
para mais descobertas.
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