São Paulo, quarta-feira, 20 de novembro de 2002

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Defesa de irmãos citará arrependimento

DA REPORTAGEM LOCAL

A confissão do crime, a colaboração com a polícia e o arrependimento devem ser usados pela defesa para tentar diminuir a pena dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos de Paula e Silva, réus confessos do assassinato de Marísia e Manfred von Richthofen.
Gislaine Haddad Jabur, advogada dos dois irmãos, não quis comentar, ontem à tarde, a posição do Ministério Público por não conhecer o teor da denúncia, mas adiantou que a confissão e o arrependimento dos dois serão usados na defesa.
"A linha de defesa vai ser continuar cooperando com a Justiça e, a partir de novos depoimentos, tentar buscar lacunas que possam diminuir a pena", disse Gislaine.
A confissão do acusado pode se transformar em um atenuante do crime no julgamento, o que pode significar redução de pena. A advogada afirmou que essa é apenas uma "posição" e que a tese da defesa vai ser formada a partir do andamento do processo.
"O que é possível para eles no momento? Falar a verdade, como foi feito na confissão e depois ratificado na reconstituição. O espírito deles é de arrependimento", afirmou a advogada.
Ela disse que a defesa não pensa em pedir a liberdade dos irmãos, principalmente porque eles são acusados de um crime hediondo.
"Vale a pena para a defesa buscar elementos que realmente possam mudar alguma coisa", disse. Ela informou que ainda não pensou na possibilidade de pedir avaliação psiquiátrica de seus clientes. "Difícil buscar uma explicação plausível para isso. Acho que foi um crime passional."
Cláudia Maria Bernasconi, advogada de Suzane Louise von Richthofen, filha do casal assassinado, não atendeu à reportagem.


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