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Defesa de irmãos citará arrependimento
DA REPORTAGEM LOCAL
A confissão do crime, a colaboração com a polícia e o arrependimento devem ser usados pela defesa para tentar diminuir a pena
dos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos de Paula e Silva, réus confessos do assassinato de Marísia e
Manfred von Richthofen.
Gislaine Haddad Jabur, advogada dos dois irmãos, não quis comentar, ontem à tarde, a posição
do Ministério Público por não conhecer o teor da denúncia, mas
adiantou que a confissão e o arrependimento dos dois serão usados na defesa.
"A linha de defesa vai ser continuar cooperando com a Justiça e,
a partir de novos depoimentos,
tentar buscar lacunas que possam
diminuir a pena", disse Gislaine.
A confissão do acusado pode se
transformar em um atenuante do
crime no julgamento, o que pode
significar redução de pena. A advogada afirmou que essa é apenas
uma "posição" e que a tese da defesa vai ser formada a partir do
andamento do processo.
"O que é possível para eles no
momento? Falar a verdade, como
foi feito na confissão e depois ratificado na reconstituição. O espírito deles é de arrependimento",
afirmou a advogada.
Ela disse que a defesa não pensa
em pedir a liberdade dos irmãos,
principalmente porque eles são
acusados de um crime hediondo.
"Vale a pena para a defesa buscar elementos que realmente possam mudar alguma coisa", disse.
Ela informou que ainda não pensou na possibilidade de pedir avaliação psiquiátrica de seus clientes. "Difícil buscar uma explicação plausível para isso. Acho que
foi um crime passional."
Cláudia Maria Bernasconi, advogada de Suzane Louise von
Richthofen, filha do casal assassinado, não atendeu à reportagem.
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