São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 2002

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SAÚDE

Cidades que têm presos ganham verba adicional

DA REPORTAGEM LOCAL

Os municípios de São Paulo que possuem presídios terão recursos adicionais para cuidar da saúde dos encarcerados, conforme convênio que será assinado hoje entre as secretarias da Administração Penitenciária e da Saúde.
Dos R$ 7 milhões do Fundo Nacional de Saúde destinados ao Estado pelo governo federal, R$ 2,8 milhões serão repassados aos municípios para atendimento básico e R$ 4,2 milhões ficarão com a Secretaria da Saúde para custeio de procedimentos mais complexos, como cirurgias.
Segundo a coordenadora de saúde das unidades prisionais de São Paulo, Maria Eli Colloca Bruno, o repasse incluirá os presos no SUS (Sistema Único de Saúde), acabando com uma antiga divergência com as prefeituras: na falta de recursos específicos para os presos, o atendimento deles consome a cota de verba recebida para a população das cidades.
O Estado tem hoje a maior população prisional do país, cerca de 110 mil presos. O dinheiro do fundo virá gradativamente nos próximos 12 meses. ""É pouco em termos de necessidade, mas é muito pela inclusão do preso, porque antes tínhamos dificuldade de conseguir atendimento", afirma.
Com esses recursos, a secretaria espera estruturar três níveis de atendimento: o básico, que abrange programas preventivos, como de saúde bucal, diabetes, hipertensão e HIV, e outros dois, mais complexos, que envolvem tratamentos e cirurgias.

Censo
O censo penitenciário deste ano mostrou que 38,6% das mulheres e 44,5% dos homens presos perderam seus dentes depois de entrarem na prisão.


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