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SAÚDE
Cidades que têm presos ganham verba adicional
DA REPORTAGEM LOCAL
Os municípios de São Paulo que
possuem presídios terão recursos
adicionais para cuidar da saúde
dos encarcerados, conforme convênio que será assinado hoje entre
as secretarias da Administração
Penitenciária e da Saúde.
Dos R$ 7 milhões do Fundo Nacional de Saúde destinados ao Estado pelo governo federal, R$ 2,8
milhões serão repassados aos
municípios para atendimento básico e R$ 4,2 milhões ficarão com
a Secretaria da Saúde para custeio
de procedimentos mais complexos, como cirurgias.
Segundo a coordenadora de
saúde das unidades prisionais de
São Paulo, Maria Eli Colloca Bruno, o repasse incluirá os presos no
SUS (Sistema Único de Saúde),
acabando com uma antiga divergência com as prefeituras: na falta
de recursos específicos para os
presos, o atendimento deles consome a cota de verba recebida para a população das cidades.
O Estado tem hoje a maior população prisional do país, cerca de
110 mil presos. O dinheiro do fundo virá gradativamente nos próximos 12 meses. ""É pouco em termos de necessidade, mas é muito
pela inclusão do preso, porque
antes tínhamos dificuldade de
conseguir atendimento", afirma.
Com esses recursos, a secretaria
espera estruturar três níveis de
atendimento: o básico, que
abrange programas preventivos,
como de saúde bucal, diabetes, hipertensão e HIV, e outros dois,
mais complexos, que envolvem
tratamentos e cirurgias.
Censo
O censo penitenciário deste ano
mostrou que 38,6% das mulheres
e 44,5% dos homens presos perderam seus dentes depois de entrarem na prisão.
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