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PASCOAL FELÍCIO (1933-2009)
Tote, empresário dos alarmes de banco
ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL
A filha explica o porquê do
Tote, apelido que acompanhou Pascoal Felício da infância até seus últimos dias.
É que, quando pequeno, o
menino costumava tirar a
roupa de pirraça. Nessa época, conta a filha Márcia, o vidro do achocolatado Toddy
trazia no rótulo a imagem de
uma criança pelada. Daí para
o apelido foi um pulo.
Natural de São Paulo, Tote
tinha 11 irmãos, todos criados unicamente pela mãe,
Maria José. A vida não era
moleza, e ele passou a trabalhar bem pequeno.
Fez de tudo: foi feirante,
vendedor de calendário, funcionário de um fábrica de fogões, gerente de cinema e taxista. No parque da Água
Branca, na capital, conheceu
a mulher, cuja família era de
Araras, no interior de SP.
Nos anos 60, já casado, ele
decidiu se mudar para a cidade dela. Foi sem ter emprego
garantido, "com uma mão na
frente, outra atrás".
Lá, trabalhou como servente de pedreiro, até perceber a carência de eletricistas
na cidade. Autodidata,
aprendeu sobre o assunto e
acabou trabalhando na área.
Começou, então, a desenvolver sistemas de alarme
para bancos e abriu uma firma, a Instalarm, da qual foi
dono até 2001, quando a vendeu para uma multinacional.
Nos tempos livres, ia a Mato Grosso pescar.
Morreu na terça, aos 76, de
câncer, deixando três filhos e
quatro netos. A missa de sétimo dia será amanhã, às 19h,
na igreja do Sagrado Coração
de Jesus, em Araras.
coluna.obituario@uol.com.br
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