São Paulo, domingo, 20 de dezembro de 2009

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PASCOAL FELÍCIO (1933-2009)

Tote, empresário dos alarmes de banco

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

A filha explica o porquê do Tote, apelido que acompanhou Pascoal Felício da infância até seus últimos dias. É que, quando pequeno, o menino costumava tirar a roupa de pirraça. Nessa época, conta a filha Márcia, o vidro do achocolatado Toddy trazia no rótulo a imagem de uma criança pelada. Daí para o apelido foi um pulo.
Natural de São Paulo, Tote tinha 11 irmãos, todos criados unicamente pela mãe, Maria José. A vida não era moleza, e ele passou a trabalhar bem pequeno.
Fez de tudo: foi feirante, vendedor de calendário, funcionário de um fábrica de fogões, gerente de cinema e taxista. No parque da Água Branca, na capital, conheceu a mulher, cuja família era de Araras, no interior de SP.
Nos anos 60, já casado, ele decidiu se mudar para a cidade dela. Foi sem ter emprego garantido, "com uma mão na frente, outra atrás".
Lá, trabalhou como servente de pedreiro, até perceber a carência de eletricistas na cidade. Autodidata, aprendeu sobre o assunto e acabou trabalhando na área.
Começou, então, a desenvolver sistemas de alarme para bancos e abriu uma firma, a Instalarm, da qual foi dono até 2001, quando a vendeu para uma multinacional.
Nos tempos livres, ia a Mato Grosso pescar.
Morreu na terça, aos 76, de câncer, deixando três filhos e quatro netos. A missa de sétimo dia será amanhã, às 19h, na igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Araras.

coluna.obituario@uol.com.br


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