São Paulo, Sexta-feira, 21 de Janeiro de 2000


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AVIAÇÃO
Incidente envolveu mais de 500 passageiros, entre eles o filho de FHC; Polícia Federal teve de ser acionada
Vôo cancelado vira caso de polícia em SP

da Reportagem Local

O cancelamento de um vôo da Varig que faria anteontem o trecho São Paulo-Nova York causou uma confusão que se arrastou por quatro horas no aeroporto de Cumbica e envolveu bate-boca, o nome de Paulo Henrique Cardoso, filho do presidente Fernando Henrique, e até a Polícia Federal.
A confusão provocou o cancelamento de dois vôos da empresa -o de Nova York e outro para Paris. Tudo começou com uma pane em uma aeronave da Varig que faria anteontem o trecho Porto Alegre-São Paulo-Paris.
A aeronave que teve o problema levaria 276 passageiros de São Paulo a Paris, também na noite de anteontem. Entre os passageiros estava Paulo Henrique Cardoso.
O filho do presidente começou a viagem no Rio de Janeiro, no vôo 864 da Varig para São Paulo. Como o vôo seguiria de São Paulo para Nova York, só ficariam na aeronave 81 passageiros que tinham embarcado no Rio com passagens para os EUA. Os outros, entre eles o filho de FHC, mudariam de destino.
Durante a viagem até São Paulo, os ânimos dos passageiros já estavam alterados devido ao atraso de uma hora do vôo. Depois, passou a circular um boato de que a viagem aos EUA seria cancelada.
O motivo seria uma decisão da Varig de usar a aeronave para levar outros passageiros a Paris. O boato se confirmou na chegada do vôo a São Paulo, às 23h45. Os passageiros que permaneceriam no avião, com destino a Nova York, foram avisados de que também teriam de desembarcar.
Logo depois do aviso, houve confusão e bate-boca entre os passageiros e a tripulação. Os passageiros que iriam para Nova York se recusaram a deixar a aeronave. A confusão só terminou por volta das 4h com a interferência da Polícia Federal.
Quando os passageiros deixaram a aeronave, já não havia tempo para o vôo seguir para Paris ou Nova York. No total, 387 passageiros deixaram de viajar para Paris e Nova York e tiveram que voltar para casa, caso de quem morava em São Paulo, ou passar a noite em hotéis pagos pela Varig. Eles só viajaram ontem à tarde. Outros 117 passageiros foram acomodados em vôos de outras companhias. Em nota oficial, a Varig lamentou o incidente (leia ao lado).


Texto Anterior: Como ocorreu
Próximo Texto: Maratona de passageiros dura 24 h
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.