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AVIAÇÃO
Incidente envolveu mais de 500 passageiros, entre eles o filho de FHC; Polícia Federal teve de ser acionada
Vôo cancelado vira caso de polícia em SP
da Reportagem Local
O cancelamento de um vôo da
Varig que faria anteontem o trecho São Paulo-Nova York causou
uma confusão que se arrastou por
quatro horas no aeroporto de
Cumbica e envolveu bate-boca, o
nome de Paulo Henrique Cardoso, filho do presidente Fernando
Henrique, e até a Polícia Federal.
A confusão provocou o cancelamento de dois vôos da empresa
-o de Nova York e outro para
Paris. Tudo começou com uma
pane em uma aeronave da Varig
que faria anteontem o trecho Porto Alegre-São Paulo-Paris.
A aeronave que teve o problema
levaria 276 passageiros de São
Paulo a Paris, também na noite de
anteontem. Entre os passageiros
estava Paulo Henrique Cardoso.
O filho do presidente começou a
viagem no Rio de Janeiro, no vôo
864 da Varig para São Paulo. Como o vôo seguiria de São Paulo
para Nova York, só ficariam na
aeronave 81 passageiros que tinham embarcado no Rio com
passagens para os EUA. Os outros, entre eles o filho de FHC,
mudariam de destino.
Durante a viagem até São Paulo,
os ânimos dos passageiros já estavam alterados devido ao atraso de
uma hora do vôo. Depois, passou
a circular um boato de que a viagem aos EUA seria cancelada.
O motivo seria uma decisão da
Varig de usar a aeronave para levar outros passageiros a Paris. O
boato se confirmou na chegada
do vôo a São Paulo, às 23h45. Os
passageiros que permaneceriam
no avião, com destino a Nova
York, foram avisados de que também teriam de desembarcar.
Logo depois do aviso, houve
confusão e bate-boca entre os
passageiros e a tripulação. Os passageiros que iriam para Nova
York se recusaram a deixar a aeronave. A confusão só terminou
por volta das 4h com a interferência da Polícia Federal.
Quando os passageiros deixaram a aeronave, já não havia tempo para o vôo seguir para Paris ou
Nova York. No total, 387 passageiros deixaram de viajar para Paris e Nova York e tiveram que voltar para casa, caso de quem morava em São Paulo, ou passar a noite
em hotéis pagos pela Varig. Eles
só viajaram ontem à tarde. Outros
117 passageiros foram acomodados em vôos de outras companhias. Em nota oficial, a Varig lamentou o incidente (leia ao lado).
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