São Paulo, quarta-feira, 21 de janeiro de 2004

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89% aprovam faixas para ônibus

DA REPORTAGEM LOCAL

A existência de pistas exclusivas para os ônibus tem a aprovação de 89% da população da região metropolitana de São Paulo, segundo pesquisa sobre a imagem dos transportes divulgada ontem pela ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos).
Essa avaliação se estende aos usuários de automóveis, dos quais 87% se manifestam favoráveis a essas faixas reservadas para os coletivos, num sistema de priorização do transporte de massas que tem os corredores de Curitiba (PR) como principal modelo do país e que também vem sendo adotado na capital paulista.
Na avaliação dos especialistas, a aprovação das pistas exclusivas entre os diferentes segmentos da sociedade se dá por motivos diferentes: os usuários de ônibus as preferem porque elas aumentam a velocidade desses veículos e reduzem os tempos de viagem; os de carros as defendem por avaliarem que, sem nenhum espaço reservado, os coletivos chegam a utilizar várias faixas ao mesmo tempo, atrapalhando ainda mais as condições do trânsito.
A pesquisa da ANTP ouviu 2.000 moradores da região metropolitana de São Paulo entre setembro e novembro de 2003. A margem de erro para esse resultado é de 2,2 pontos percentuais.
O levantamento também apontou a imagem que os usuários têm dos diversos modos de transporte. O carro particular lidera a aprovação, com 97% de bom/excelente, seguido por metrô (93%), corredor São Mateus/Jabaquara (82%), linha C da CPTM (79%), Expresso Leste (78%), ônibus metropolitanos e lotações regulamentadas (69%), demais ligações por trem (57%), ônibus municipais da capital paulista (55%) e lotações clandestinas (35%).
A principal variação negativa apresentada na comparação com 2002, além das lotações clandestinas (de 48% para 35%, resultado atribuído à repressão dos governos), foi em relação aos ônibus do corredor São Mateus/Jabaquara (de 90% para 82%), mas que ficou dentro da margem de erro para essa questão -que é grande porque a amostra dos usuários desse sistema é reduzida.
"Pode até ter havido essa oscilação para baixo. Mas estamos num nível alto de satisfação, continuamos sendo topo de linha", afirma Joaquim Lopes, presidente da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos), responsável por esse corredor.
A variação de imagem dos ônibus metropolitanos e dos ônibus municipais foi positiva (de 64% para 69% e de 51% para 55%, respectivamente), mas também dentro da margem de erro.
O desrespeito a idosos, deficientes e gestantes liderou um ranking de 19 problemas do transporte público listados pela pesquisa, sendo citado por 81% dos entrevistados. A segunda reclamação -citada por 75%- foi em relação aos assaltos e roubos.


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