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89% aprovam faixas para ônibus
DA REPORTAGEM LOCAL
A existência de pistas exclusivas
para os ônibus tem a aprovação
de 89% da população da região
metropolitana de São Paulo, segundo pesquisa sobre a imagem
dos transportes divulgada ontem
pela ANTP (Associação Nacional
de Transportes Públicos).
Essa avaliação se estende aos
usuários de automóveis, dos
quais 87% se manifestam favoráveis a essas faixas reservadas para
os coletivos, num sistema de priorização do transporte de massas
que tem os corredores de Curitiba
(PR) como principal modelo do
país e que também vem sendo
adotado na capital paulista.
Na avaliação dos especialistas, a
aprovação das pistas exclusivas
entre os diferentes segmentos da
sociedade se dá por motivos diferentes: os usuários de ônibus as
preferem porque elas aumentam
a velocidade desses veículos e reduzem os tempos de viagem; os
de carros as defendem por avaliarem que, sem nenhum espaço reservado, os coletivos chegam a
utilizar várias faixas ao mesmo
tempo, atrapalhando ainda mais
as condições do trânsito.
A pesquisa da ANTP ouviu
2.000 moradores da região metropolitana de São Paulo entre setembro e novembro de 2003. A
margem de erro para esse resultado é de 2,2 pontos percentuais.
O levantamento também apontou a imagem que os usuários têm
dos diversos modos de transporte. O carro particular lidera a
aprovação, com 97% de bom/excelente, seguido por metrô (93%),
corredor São Mateus/Jabaquara
(82%), linha C da CPTM (79%),
Expresso Leste (78%), ônibus metropolitanos e lotações regulamentadas (69%), demais ligações
por trem (57%), ônibus municipais da capital paulista (55%) e lotações clandestinas (35%).
A principal variação negativa
apresentada na comparação com
2002, além das lotações clandestinas (de 48% para 35%, resultado
atribuído à repressão dos governos), foi em relação aos ônibus do
corredor São Mateus/Jabaquara
(de 90% para 82%), mas que ficou
dentro da margem de erro para
essa questão -que é grande porque a amostra dos usuários desse
sistema é reduzida.
"Pode até ter havido essa oscilação para baixo. Mas estamos num
nível alto de satisfação, continuamos sendo topo de linha", afirma
Joaquim Lopes, presidente da
EMTU (Empresa Metropolitana
de Transportes Urbanos), responsável por esse corredor.
A variação de imagem dos ônibus metropolitanos e dos ônibus
municipais foi positiva (de 64%
para 69% e de 51% para 55%, respectivamente), mas também dentro da margem de erro.
O desrespeito a idosos, deficientes e gestantes liderou um ranking
de 19 problemas do transporte
público listados pela pesquisa,
sendo citado por 81% dos entrevistados. A segunda reclamação
-citada por 75%- foi em relação aos assaltos e roubos.
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