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Facções estão nos institutos
DA SUCURSAL DO RIO
Na sala de espera da 2ª Vara da
Infância e da Juventude, localizada na zona norte do Rio, cerca de
15 adolescentes internos em unidades do Degase esperam sua vez
para a audiência.
"Pegou o CV aí, pegou?", pergunta um, fazendo com as mãos
as iniciais da facção criminosa CV
(Comando Vermelho), no momento em que posa para as fotos.
São, em média, 50 audiências diárias na 2ª Vara, onde vão parar casos de infrações cometidas por
menores.
Do lado de fora, mães, pais, irmãos ou responsáveis também
esperam. Querem saber se os jovens poderão ir para casa e
apóiam o pedido da Defensoria
Pública.
"Não entendo nada de lei, não,
mas queria que o meu filho fosse
comigo. Lá ele apanha muito", diz
uma mãe, que se recusa a dar o
seu nome e o do filho, detido por
roubo a mão armada.
Ela reclama também que o Instituto Padre Severino, onde o filho
cumpre a medida de internação,
está frequentemente superlotado.
Em janeiro, segundo dados do
próprio Degase (Departamento
Geral de Ações Socioeducativas),
havia 253 jovens naquela unidade, para 160 vagas.
Dentro das unidades, são frequentes as denúncias de tortura e
os confrontos entre jovens integrantes de facções criminosas rivais. Os internos têm de ser separados de acordo com as facções a
que dizem pertencer.
(FE)
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