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São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2003

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"Beijo forçado" é vetado em Olinda

FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE

A Secretaria da Defesa Social de Pernambuco decidiu manter, pelo segundo ano consecutivo, a proibição ao "beijo forçado" durante o Carnaval em Olinda.
A prática, que surgiu há cerca de cinco anos, consiste na formação de um "corredor polonês" masculino nos focos de folia. Os homens beijam na boca as mulheres que passam, quase sempre contra a vontade delas.
Alegando a necessidade de coibir "atitudes inconvenientes", continuarão proibidas também "brincadeiras" como o mela-mela (disputas com farinha e água) e as pistolas d'água.
Foliões mascarados serão obrigados a portar documentos, sob pena de detenção. O pacote de medidas de segurança no Carnaval será oficializado hoje, por meio de portaria.
Segundo o secretário da Defesa Social, Gustavo Lima, o documento tratará dos assuntos de forma genérica e servirá ainda para "encorajar" os policiais a coibir abusos que às vezes são tolerados durante o Carnaval.
É o caso do beijo forçado, que só começou a ser combatido em 2002. Com a proibição, a Prefeitura de Olinda afirma já ter conseguido desarticular dois "beijódromos" no centro histórico.
A Coordenadoria Municipal da Mulher, órgão ligado ao gabinete da prefeita Luciana Santos (PC do B), registrou 12 queixas desse tipo de violência no ano passado. Quatro foliões foram detidos.
Segundo a coordenadora municipal da Mulher, Suely Carvalho, quem tentar forçar um beijo pode ser acusado de assédio sexual, constrangimento ilegal e lesão corporal.


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