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"Beijo forçado" é vetado em Olinda
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
A Secretaria da Defesa Social de
Pernambuco decidiu manter, pelo segundo ano consecutivo, a
proibição ao "beijo forçado" durante o Carnaval em Olinda.
A prática, que surgiu há cerca de
cinco anos, consiste na formação
de um "corredor polonês" masculino nos focos de folia. Os homens beijam na boca as mulheres
que passam, quase sempre contra
a vontade delas.
Alegando a necessidade de coibir "atitudes inconvenientes",
continuarão proibidas também
"brincadeiras" como o mela-mela
(disputas com farinha e água) e as
pistolas d'água.
Foliões mascarados serão obrigados a portar documentos, sob
pena de detenção. O pacote de
medidas de segurança no Carnaval será oficializado hoje, por
meio de portaria.
Segundo o secretário da Defesa
Social, Gustavo Lima, o documento tratará dos assuntos de
forma genérica e servirá ainda para "encorajar" os policiais a coibir
abusos que às vezes são tolerados
durante o Carnaval.
É o caso do beijo forçado, que só
começou a ser combatido em
2002. Com a proibição, a Prefeitura de Olinda afirma já ter conseguido desarticular dois "beijódromos" no centro histórico.
A Coordenadoria Municipal da
Mulher, órgão ligado ao gabinete
da prefeita Luciana Santos (PC do
B), registrou 12 queixas desse tipo
de violência no ano passado. Quatro foliões foram detidos.
Segundo a coordenadora municipal da Mulher, Suely Carvalho,
quem tentar forçar um beijo pode
ser acusado de assédio sexual,
constrangimento ilegal e lesão
corporal.
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