São Paulo, sábado, 21 de fevereiro de 2004

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CARNAVAL

Escola quase estourou limite de 75 minutos de apresentação e teve quatro carros alegóricos destruídos antes de chegar ao sambódromo

Peruche abre desfile e vê rebaixamento

DA REPORTAGEM LOCAL

Com um enredo que contava a vida dos imigrantes em São Paulo e tentando polemizar com imagens sagradas e profanas, a Unidos do Peruche abriu a primeira noite de desfiles do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo, às 22h50 -20 minutos depois do horário previsto.
Mesmo com uma coreografia animada da bateria e um aplaudido carro abre-alas que soltava papéis picados na avenida, a escola, cujo samba-enredo foi "São Paulo É Como Coração de Mãe... Sempre Cabe Mais Um", teve uma série de problemas e seu desafio será fugir do rebaixamento.
Dos cinco carros alegóricos, quatro tiveram problemas ao serem transportados da escola ao Anhembi -eles foram parcialmente destruídos ao passar por viadutos das marginais. Uma mulher que seria destaque de um dos carros chegou a cair na concentração. O último carro, que trazia mendigos, prostitutas e camelôs e prometia ser uma das principais atrações, entrou na avenida sem vários integrantes.
O quarto carro, que trouxe anjos e demônios, foi um dos destaques da escola, que, com 3.600 integrantes, correu no final do desfile para não estourar os 75 minutos, tempo máximo do desfile.
O presidente da Peruche, Walter Guaríglio, reconheceu os problemas ao terminar o desfile. "Mais uma vez foi difícil conseguir entrar na avenida", afirmou ele, lembrando que, no Carnaval de 2003, a escola também teve carros alegóricos e fantasias destruídas em um incêndio no barracão e acabou na penúltima posição (seria rebaixada, não fosse a decisão da Liga Independente das Escolas de Samba de aumentar a quantidade de agremiações no Carnaval deste ano, que tem como tema único uma homenagem aos 450 anos de São Paulo).
A Acadêmicos do Tatuapé foi a segunda a entrar no Anhembi com o enredo que exaltava o bairro da zona leste. "Os nossos destaques são a comunidade", afirmou André Ricardo, compositor da escola ao começar a apresentação.
Estreante no grupo de elite do Carnaval paulistano, a Acadêmicos do Tatuapé (vencedora do grupo de acesso em 2003), teve a ajuda dos comerciantes da região para lembrar personagens marcantes do "caminho do tatu" -significado de Tatuapé (bairro da zona leste).
Outras seis escolas ainda desfilariam ontem. O desfile estava previsto para acabar às 7h20.


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