DO "AGORA"

O folião que deixou para comprar na última hora o ingresso para o desfile das escolas do Grupo Especial no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, corre o risco de pagar até 60% de ágio.
Às 18h de ontem, restavam apenas 680 bilhetes de arquibancada nos setores 5, 6, 9 e 10. O ingresso mais barato -vendido a R$ 25, para o setor 10- estava esgotado. Na porta do sambódromo, esses bilhetes eram oferecidos por R$ 40 pelos cambistas. Pelos menos cem pessoas vendiam ingressos nas cercanias do Anhembi.
A Dimep (empresa responsável pela comercialização dos ingressos) informou que não tem como coibir a ação dos cambistas.
C.G., 38, é um profissional do ramo e vende ingressos do Carnaval paulistano há 12 anos. Desta vez, ele pegou um empréstimo de R$ 40 mil para comprar bilhetes. Espera faturar o dobro do investimento que fez. "Nunca levei prejuízo." Já um cambista identificado apenas como Joe largou o emprego de auxiliar contábil há três anos para vender ingressos. Ele tem expectativa mais modesta: espera lucrar R$ 4.000.


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