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Número de mortes sobe para 30
DA REPORTAGEM LOCAL
O Zoológico de São Paulo encaminhou para análise toxicológica
material de outros oito animais,
que morreram entre ontem e
quinta-feira na unidade.
Trinta óbitos, registrados a partir de 24 de janeiro, estão sob investigação policial. Até agora, segundo a Fundação Zoológico, em
apenas oito houve confirmação
de envenenamento por raticida.
Entre o fim da tarde do dia 19 e
ontem morreram um araçari-banana (tipo de tucano), duas tartarugas, um papagaio e outros quatro porcos-espinhos -quatro
porcos já tinham morrido entre
os dias 16 e 18.
Nos últimos 17 casos, os bichos
não apresentaram sintomas de
envenenamento, como asfixia e
convulsões, que apareceram nos
demais animais. A necropsia
aponta outras doenças e lesões
nos 17 casos, mas o zôo não descarta o envenenamento até a conclusão do laudo.
O araçari-banana apresentava
quadro de pneumonia, as tartarugas tiveram retenção de ovos, o
papagaio, hepatite, e os quatro
porcos lesões após uma briga.
"Nada está descartado da suspeita de intoxicação", disse Mário
Borges, biólogo da área de divulgação do zôo.
O zoológico não tinha, ontem,
dados sobre a média de mortes de
animais na área por período. Segundo Borges, "qualquer número
acima de duas mortes chama
atenção." Ele disse que já houve
casos de infecções que se espalharam para vários animais.
A fundação distribuirá aos visitantes 5.000 panfletos com a frase
"vamos defender os animais do
zoológico com unhas e dentes" e
o telefone da polícia para denúncias: 0/XX/11/3032-3234.
"Queremos cada vez mais ajuda. Tudo leva a crer que a causa
principal é envenenamento."
O zoológico trocou funcionários da área de alimentação e dobrou o número de seguranças,
agora dezoito por turno.
Peritos do IC (Instituto de Criminalística) de São Paulo trabalham na análise de cerca de 40
amostras de material.
O prazo inicial de dez dias para
a conclusão dos exames, que se
encerraria nesta semana, foi prolongado. As análises se concentram nos alimentos recolhidos,
em substâncias encontradas nas
vísceras e nas amostras de terra
dos locais onde os bichos viviam.
(FABIANE LEITE E GILMAR PENTEADO)
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