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Na Rio-Santos, policial é morto em falsa blitz
DA SUCURSAL DO RIO
Um grupo de 15 homens armados com fuzis e pistolas e usando
camisas e bonés da Polícia Federal
realizou uma falsa blitz na madrugada de ontem, no km 428 da rodovia Rio-Santos, altura de Saí,
distrito de Mangaratiba (a 70 km
do Rio de Janeiro).
Os criminosos assaltaram pelo
menos 30 motoristas e mataram
um policial civil. Um policial militar e um guarda municipal foram
agredidos e veículos foram roubados e depenados. A ação durou
cerca de 40 minutos.
A Polícia Civil informou suspeitar que os criminosos sejam traficantes que atuam em favelas da
zona oeste do Rio já que, na blitz,
eles utilizaram carros que foram
roubados anteriormente no bairro de Bangu. Foi a segunda falsa
blitz na rodovia desde dezembro.
A ação ocorreu por volta das
2h30. Segundo a Polícia Civil, o
grupo rendeu primeiramente
uma patrulha da Guarda Municipal de Mangaratiba e agrediu o vigilante Leandro Couto dos Santos. Em seguida, os criminosos
colocaram o veículo com o giroscópico - sinaleiro luminoso que
fica no teto- ligado atravessado
na estrada para parecer uma blitz.
Todos os motoristas que passavam pelo local eram obrigados a
encostar os veículos no acostamento da estrada.
O inspetor Marcel Leal Layson,
da 165ª DP (Mangaratiba), decidiu parar o carro por acreditar
que a blitz era verdadeira. Ao
abordarem o policial, os criminosos viram sua carteira funcional e
o mataram com um tiro na cabeça. Ele foi o décimo policial a ser
assassinado no Rio de Janeiro nos
últimos dez dias.
Ao perceber que se tratava de
uma falsa blitz, o sargento da Polícia Militar Albes Ribeiro, que estava dentro de uma van, atirou
sua carteira para fora do veículo
para não ser agredido, mas não
adiantou. Ele levou coronhadas e
teve a arma roubada.
À tarde, a polícia conseguiu recuperar, em Bangu (zona oeste),
dois carros -um Escort e um
Corsa- que foram utilizados na
falsa blitz. Os policiais não souberam informar quantos veículos
foram roubados durante a ação.
(MARIO HUGO MONKEN)
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