DA AGÊNCIA FOLHA

O técnico do laboratório químico da Usina Bela Vista Juliano Araújo da Silva, 27, diz que Justo Favaretto Neto começou a briga no posto de gasolina. O técnico admite que chamou o industrial de "veado", mas diz que se referia ao animal. Silva afirma que não tem preconceito contra homossexuais e que tem "amigos assim". (CA)

 

FOLHA - De acordo com o processo, você o xingou e "fez gestos e sons afetados'?
SILVA - Falei umas palavras para ele. Mas não imitei nada, não. Eu estava com os meus amigos, mexi com uma amiga minha que estava passando na rua e ele pensou que eu estava mexendo com ele.

FOLHA - Mas chamou-o de "veado'?
SILVA - Veado é um animal, que eu saiba. Veado é um bicho. Eu chamei.

FOLHA - O sr. deu um tapa no rosto dele?
SILVA - Não. Eu joguei uma lata de cerveja nele, mas ela não o acertou.

FOLHA - Agrediu Favaretto Neto na frente dos policiais?
SILVA - Os policiais chegaram depois, não tem como terem visto alguma coisa. Não podem testemunhar contra mim.

FOLHA - Já o conhecia?
SILVA - Conheço ele porque tem firma, é empresário. Nunca briguei com ele.

FOLHA - Tem preconceito contra homossexuais?
SILVA - Eu não. Tenho um monte de amigo que é assim. Ele é que tem preconceito com ele mesmo.

FOLHA - Vai recorrer da decisão da Secretaria da Justiça?
SILVA - No final do ano passado, eu recebi uma carta em que o juiz dizia não ter aceitado a acusação dele. Não sei sobre essa decisão de janeiro. Como o primeiro papel dizia que já estava tudo terminado, nem procurei meu advogado. Mas, se tiver acontecido isso que você está me falando, eu vou alegar calúnia e difamação. Eu acho que era eu quem deveria receber alguma coisa. Fui prejudicado aqui no trabalho de tanto que fui ao fórum por causa de um cara que tem mais tempo do que eu, que não trabalha e fica o dia inteiro na rua.


Texto Anterior: Pitboy queria me humilhar e intimidar, diz homossexual
Próximo Texto: Pasquale Cipro Neto: Fidel, Cuba, o Haiti, o Pentateuco...
Índice