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Polícia Civil pede prisão de mais 2 PMs de batalhão da zona norte
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Civil pediu a prisão
preventiva de mais dois policiais militares do 18º Batalhão,
localizado na zona norte (área
que era comandada pelo coronel José Hermínio Rodrigues,
assassinado em janeiro).
Eles são acusados de matar
outro PM do batalhão e a irmã
dele por causa de disputa de segurança de bingos.
O crime ocorreu em 12 de julho de 2006. Na época, os dois
foram presos temporariamente por 60 dias e soltos -a promotoria entendeu que faltavam
provas. Mas, após a morte do
coronel José Hermínio, em 16
de janeiro, o caso foi reaberto.
No novo pedido de prisão, o
DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa)
acusa os soldados da PM Rogério Alberto Sol Jr. e Robson da
Costa Oliveira de matarem a tiros o soldado Odair José Lorenzi e a irmã dele Rita de Cássia. O crime foi durante os ataques do PCC às forças de segurança do Estado e chegou a ser
investigado como mais um
atentado da facção criminosa.
Mas, de acordo com a Polícia
Civil, os dois soldados foram
fardados à casa de Lorenzi para
conversar sobre segurança de
bingos. Após discutirem, Lorenzi foi baleado pelos colegas,
mas reagiu e acertou um deles.
Segundo a polícia, Oliveira
atirou na cabeça de Rita, que
estava na janela. A única sobrevivente foi a filha dela, que reconheceu os PMs na polícia.
Em suas defesas, os soldados
alegaram ter ido à casa do colega, na Vila Cachoeirinha, porque escutaram tiros. Eles disseram não saber que ali morava
Lorenzi e que foram surpreendidos por pessoas atirando neles e por isso revidaram.
O que chamou a atenção dos
investigadores, no entanto, é o
fato de dois projéteis da arma
da vítima terem sido achados
no colete de um dos soldados e
um terceiro no corpo do que foi
ferido. A perícia confirmou que
as balas que mataram Lorenzi
saíram das armas de Oliveira e
Sol Jr. A Folha não encontrou
os suspeitos para comentar a
acusação.
O novo pedido de prisão será
analisado pelo promotor Norberto Joia. Atualmente, sete
PMs do 18º Batalhão estão presos acusados de participar de
chacinas e por suspeita de integrar grupos de extermínio. Eles
também são investigados por
suposto envolvimento na morte do coronel Rodrigues.
(KT e AC)
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