|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ACIDENTE
Garota fica presa a capô e é lançada a cerca de 30 m de distância depois que motorista bate em ônibus
Mulher de 60 atropela 4, mata 1 e é presa
da Reportagem Local
A aposentada Edinah More, 60,
atropelou por volta das 15h50 de
ontem quatro pessoas na esquina
das avenidas São João e Ipiranga
(centro de São Paulo). Edinah só
parou o carro, um Uno, cerca de
350 metros depois, ao bater na traseira de um ônibus, em frente ao
hotel Hilton.
Uma das vítimas, uma mulher
ainda não identificada pela polícia, morreu no caminho para a
Santa Casa. As outras estão internadas.
A garota Ana Paula da Silva, 14,
ficou grudada no capô do Uno e
foi arrastada até a colisão com o
ônibus. Após a batida, ela foi arremessada a cerca de 30 metros de
distância. Um tufo de seu cabelo
ficou preso no capô.
Além de Ana Paula e da mulher
não identificada, foram atropelados Rui Manoel da Silva, 10, -irmão de Ana Paula- e João Batista
dos Santos, 29.
Ana Paula e João Batista foram
levados para o PS Vergueiro. O estado da garota é grave. Rui foi levado para a Santa Casa e está fora
de perigo. A polícia suspeita que a
mulher não identificada era a mãe
das duas crianças.
Após bater no ônibus, o carro de
Edinah ainda atingiu um Tipo que
estava parado em frente ao hotel
Hilton.
A aposentada ficou presa nas
ferragens e foi retirada pelos bombeiros. Ela também foi levada para
a Santa Casa.
Segundo o tenente William de
Barros Moisés, do Corpo de Bombeiros, Edinah estava consciente,
mas em estado de choque. "Ela
não conseguia falar nada", disse o
tenente.
Edinah não tinha condições de
fazer o teste do bafômetro, mas,
segundo os bombeiros e a polícia,
não apresentava sinais de embriaguez e não estava com cheiro de
álcool.
"Pode ser que ela estivesse tomando algum remédio, mas não
acredito que tenha bebido", disse
o major da PM Roberto Mantovan.
O soldado Diocesar Willians, da
PM, assistiu parte do atropelamento. "Ela estava a cerca de 100
km/h, com a moça em cima do capô do carro", disse.
Segundo Willians, um carro da
PM passou a perseguir o Uno logo
depois do atropelamento.
No final da tarde de ontem, a irmã e uma sobrinha de Edinah estiveram na Santa Casa para saber o
que aconteceu.
Quando soube que a aposentada
havia atropelado quatro pessoas, a
irmã, Elides, começou a chorar.
A sobrinha Jaqueline disse que
não queria comentar o caso antes
de conseguir falar com Edinah,
mas disse que sua tia jamais fugiria
caso atropelasse alguém.
Jaqueline afirmou ainda que
Edinah estava recentemente fazendo exames de saúde, mas não
especificou quais.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|