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Governos anunciam decisão de "ocupar" favelas no Rio de Janeiro
IURI DANTAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os governos federal e estadual
decidiram iniciar, ainda neste
mês, uma ação de ocupação de favelas do Rio e combate às facções
CV (Comando Vermelho), TC
(Terceiro Comando) e ADA
(Amigos dos Amigos), as principais em atuação no Estado.
A operação incluirá ações promovidas pela PF para a apreensão
de armas, segundo apurou a Folha. O governo estuda a criação de
uma delegacia federal especializada no combate ao contrabando de
armas no Rio.
Ontem, comissão composta por
representantes dos governos federal e estadual se reuniram na sede da PF para discutir a ofensiva.
Segundo o secretário estadual da
Segurança, Josias Quintal, todas
as 650 favelas do Estado serão
ocupadas pela polícia ""mais cedo
ou mais tarde". A programação é
ocupar as favelas "durante todo o
período governamental", ou seja,
até 2006. Como primeiro passo
para a ocupação, a PF e as polícias
Militar e Civil compartilharam listas de traficantes com postos de
comando nas quadrilhas. Segundo Quintal, haverá pequenas incursões nas favelas antes da ocupação. Quando houver estabilidade na presença policial, começarão programas sociais para impedir o aliciamento de jovens.
O governo do Rio solicitou a
construção de duas grades de aço
circundando o complexo das cinco penitenciárias de Bangu. A administração de Rosinha quer limitar a apenas uma portaria o
acesso ao local, por onde passariam por revista e detetores de
metal todos os funcionários.
Enquanto acontecia a reunião,
Rosinha afirmou, no Palácio Guanabara, que considera pouca a
verba que o governo federal pretende repassar para a segurança
pública do Rio. "Realmente, R$ 40
milhões é pouco. Mas, se vierem,
serão bem-vindos."
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