|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Defesa nega a ocorrência das duas gestações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A defesa do ex-presidente do
Tribunal de Justiça de Pernambuco Etério Ramos Galvão
contesta a ocorrência das duas
supostas gestações Maria Soraia Elias Pereira. Em relação à
primeira, apresentou um laudo
do Departamento de Medicina
Legal da USP em que sua ocorrência é negada.
O advogado Arnaldo Malheiros Filho, que representa Galvão, afirma que, nos dois períodos em que a médica anestesista teria estado grávida, as únicas razões para ela procurar a
assistência médica de seu seguro-saúde teriam sido cera no
ouvido, unha encravada e dor
de cabeça. "Por que uma médica não faria o pré-natal?"
A médica afirma que ficou
grávida duas vezes contra a
vontade de Galvão. Segundo a
denúncia, na primeira, o magistrado teria forçado o aborto
sem o consentimento dela. Na
segunda, ela teria ficado em
cárcere privado, e o bebê, desaparecido logo após nascer.
Malheiros Filho também
questiona a validade do exame
laboratorial chamado Beta-HCG, que indica a ocorrência
ou não da gravidez em razão da
quantidade de determinado
hormônio.
Segundo o advogado, ela estaria tomando um remédio à
base desse hormônio, por causa de tratamento para induzir a
ovulação. O resultado teria indicado uma quantidade alta
exclusivamente por causa da
medicação.
A defesa também irá explorar
o fato de que, durante três meses de sequestro e cárcere privado, ninguém teria comunicado o desaparecimento da
médica.
De acordo com Malheiros Filho, a decisão do STJ foi unânime porque o tribunal estaria
interessado em demonstrar
que será rigoroso com magistrados. "Eles querem mostrar
que sabem cortar na carne",
declarou. O relator, ministro
César Rocha, negou, dizendo
que há indícios para embasar o
processo.
O advogado irá aguardar a
decisão ser publicada para decidir então se recorrerá ou não.
Texto Anterior: Justiça: Desembargador é acusado de forçar aborto Próximo Texto: Médica se diz feliz com a decisão Índice
|