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REPRODUÇÃO
Procissão reuniu 50 mil
Arcebispo faz críticas a debate sobre o aborto
PASCOAL GOMES
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM
SALVADOR
Dom Geraldo Majella Agnelo,
arcebispo primaz do Brasil e presidente da CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil),
condenou ontem, durante discurso em Salvador, o aborto, a legalização das pesquisas com células-tronco e a eutanásia.
Depois da missa de Domingo de
Ramos, dom Geraldo falou para
aproximadamente 50 mil pessoas
na praça Castro Alves, região central de Salvador.
"A minha posição é a posição da
igreja. A igreja defende a vida, e as
pesquisas com células-tronco
embrionárias são uma manipulação da vida", disse dom Geraldo
Majella. "Hoje, aqui nesta praça,
100 mil pessoas gritaram contra o
aborto, a eutanásia e as pesquisas
com células-tronco", disse o cardeal, avaliando que haveria mais
de 50 mil fiéis na praça.
Segundo ele, a partir do momento que houve a fecundação,
uma vida foi criada. "Depois disso, em hipótese alguma a vida pode ser objeto de manipulação.
Dentro desse princípio, que é o
princípio da vida, a igreja condena desde o aborto até a eutanásia e
também as pesquisas com as células-tronco embrionárias", disse.
Apesar de fazer críticas ao governo brasileiro, durante a homilia, por causa das pesquisas com
células-tronco, dom Geraldo Majella disse que a Igreja Católica
não vai liderar um movimento de
mobilização dos fiéis em passeatas de protesto, ou até mesmo para pressionar deputados e senadores. "O nosso papel é conscientizar a sociedade como um todo.
Vamos continuar usando a palavra para defender a vida", disse o
arcebispo.
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