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AS VÍTIMAS
3.000 pessoas fazem fila para conseguir comida
"Parede" de fogo destrói
produção de agricultor
do enviado especial
O agricultor Domingos Pereira
da Silva, 28, perdeu seus 60 hectares de terra na região do Apiau
devido ao fogo. Ele plantava feijão, milho e mandioca. Toda sua
produção foi consumida por
uma "parede" de fogo, por volta
do meio-dia.
"Tentamos apagar, mas não
conseguimos. Perdemos tudo",
disse o agricultor, que ontem integrava uma fila, na vila de
Apiau, para conseguir um prato
de comida distribuído pelo governo do Estado.
No local havia ontem cerca de
3.000 pessoas a procura de um
prato de comida. Muitos pequenos agricultores disseram que há
mais de quatro dias se alimentam de farinha e água.
Vicinais
O Corpo de Bombeiros intensificou sua ação ontem nas estradas vicinais que ligam as pequenas propriedades na região.
O local estava coberto por uma
nuvem de fumaça. Nessa região,
um dos principais fatores que estão dificultando a ação dos bombeiros é o vento, que chega a
atingir 100 km/h.
Outro fator que acelera a propagação do fogo é a baixa umidade relativa do ar -em torno
de 32%, quando o normal na região é variar entre 70% e 90%. A
temperatura local está em torno
de 38ºC.
As áreas mais atingidas em Roraima são, além de Apiau, Roxinho, Cachoeira da Missão, serra
de Pacaraima e Maloca do Boqueirão.
Reservas indígenas
O fogo está se deslocando do
leste para o oeste do Estado, em
direção às reservas indígenas.
No entanto, o governo afirma
que as moradias dos índios ainda não estão sendo ameaçadas
pelos focos de incêndio.
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