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Poluição em
Piracicaba
preocupa
CAROLINA FARIAS
FREE-LANCE PARA A FOLHA CAMPINAS
Estiagem, recebimento de esgoto sem tratamento e grande volume de efluentes industriais transformaram as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí nas piores em qualidade de água para
abastecimento público do ano de
2003, segundo o Relatório de
Águas Interiores do Estado divulgado ontem pela Cetesb.
A região tem a segunda pior
porcentagem de tratamento de
esgoto no Estado (19%), embora,
informa o relatório, tenha recebido o maior montante de verbas
do Fehidro (Fundo Estadual de
Recursos Hídricos) desde 1993
para essa finalidade: R$ 27,3
milhões.
Comparado com o estudo de
2002, o IAP -índice de qualidade
das águas para fins de abastecimento público- de 2003 registrou uma queda.
Em 2002, dos 86 pontos que têm
a qualidade da água avaliada pela
agência ambiental, 47 eram classificados como ótimos, bons ou regulares. No ano passado, esse número caiu para 35.
De acordo com o gerente da Cetesb Eduardo Mazzolenis de Oliveira, o IAP avalia parâmetros sanitários e tóxicos e o potencial para a formação de substâncias orgânicas nos cursos d'água.
Seca
"A região tem características
que colaboraram para esses fatores. Além da densidade demográfica, a seca também contribuiu
para piorar a qualidade da água",
disse o técnico.
Dos 15 pontos de captação nos
quais a água foi analisada, 9 apresentaram média ruim e pelo menos um ponto tem nota péssima,
segundo relatório da Cetesb.
Nos rios Piracicaba e Atibaia,
que abastecem algumas das principais cidades da região, como
Campinas, Sumaré e Americana,
em todos os pontos analisados os
valores para coliformes estavam
acima do limite estabelecido pelo
Conama (Conselho Nacional do
Meio Ambiente).
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