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Entidade nega irregularidade em documento
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Reação Positiva, Mario Cabral, disso que o
atestado da Prodam trata de
uma ação voluntária realizada
pelo grupo que hoje compõe a
ONG em parceria com a empresa municipal. Segundo ele, a
ONG existe oficiosamente desde 2001 ""como grupo"
""Não houve contratação de
prestação de serviços, e sim
ação voluntária. Esse grupo
também desenvolveu outras
ações, realizando formação de
multiplicadores como agentes
de educação ambiental na cidade de São Paulo", disse.
A Folha enviou ao ex-coordenador da Prodam Renato
Gomes Leitão Travassos a cópia do atestado que ele forneceu à Reação Positiva. Também
questionou a validade do papel,
negada pela própria Prodam,
mas ele não se manifestou.
A Secretaria Municipal do
Trabalho afirmou que a comissão de licitação responsável pela primeira fase do Capacita
Sampa não encontrou ""vícios"
à época e considerou que os
atestados de capacitação estavam ""condizentes com o objeto
do edital". Afirmou também
que nenhuma das ONGs que
disputaram a licitação interpôs
recursos contra os atestados.
O ex-secretário do Trabalho
Gilmar Viana da Conceição,
que assinou os contratos, disse
que não acompanhou o processo de perto, mas, confrontado
com as irregularidades, disse
que ""faltou atenção" da comissão na análise dos papéis.
O então presidente da comissão de licitação e atual secretário-adjunto do Trabalho, Carlos Alexandre Nascimento, refuta a afirmação feita pelo ex-chefe sobre falta de atenção, e
também divide a responsabilidade por eventuais falhas. "Você pode ter certeza que não
houve desatenção. Passou pela
mão de várias pessoas."
""Eu, como presidente, não fico analisando documento por
documento. Por isso, a comissão tem vários membros",
complementou o secretário.
Nascimento diz ainda que
nenhuma entidade questionou
os atestados das concorrentes.
A Régua e Compasso, que apresentou atestados emitidos por
motéis, procurada por telefone
e por escrito, não se pronunciou a respeito.
O presidente do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), Wilson Bianchi, um
dos fundadores da Régua e
Compasso, defendeu a lisura
dos atestados que o sindicato
apresentou à prefeitura.
""Tudo indica que sim [que os
atestados são válidos]. Se não
fossem suficientes, seriam impugnados pela comissão licitatória ou pelas concorrentes."
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