São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2010

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Lei Cidade Limpa chega aos postos de gasolina

Prefeitura de São Paulo decide proibir qualquer tipo de propaganda nos postos, exceto de preços dos combustíveis

Medida que barra anúncios de troca de óleo ou benefício para quem abastece no local passa a valer a partir do mês que vem na cidade de SP

DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo endureceu as regras de publicidade nos postos de combustíveis.
A comissão que atua como "juiz" da Lei Cidade Limpa, de 2007, decidiu ontem proibir qualquer tipo de propaganda dentro dos postos, exceto os preços dos combustíveis.
Faixas, cartazes, banners, totens, tudo será proibido, mesmo que esteja debaixo da cobertura do posto. Continuam permitidas as peças que divulguem os preços porque há uma norma da Agência Nacional de Petróleo sobre o assunto.
Regina Monteiro, presidente da Comissão de Proteção da Paisagem Urbana, diz que a decisão foi tomada ontem, mas só passará a valer no mês que vem, quando for aprovado o texto final da deliberação.
Segundo ela, os postos não podem ser privilegiados pela falta de paredes. Faixas com propaganda de troca de óleo ou benefícios para quem abastece no local, por exemplo, não poderão ficar na área externa.
O sindicato que representa os postos de combustíveis diz que respeitará a norma, embora ainda precise analisá-la.
"Mas acho que a Lei Cidade Limpa deveria valer para todo mundo. Se você passa na porta de um supermercado, vê um monte de faixas. De repente, não pode em posto de gasolina", afirma José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro. Errado, segundo ele, é "virar o foco" para os postos.
"Por que não posso informar que dou lavagem de carro para quem abastecer? Nosso consumidor não está andando na rua. Ele está de carro, tem que ver de longe para decidir parar ou não. É bastante útil para que ele não perca tempo", diz Gouveia.
Para ele, o mesmo vale para cartazes com bandeiras de cartões que o posto aceita. "Posto não é como loja, que chama cliente por anúncio de jornal. Tenho que laçar o cliente."
A Folha não conseguiu falar com o Sindicom, de distribuidoras de combustíveis.
(EVANDRO SPINELLI E RICARDO GALLO)


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