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Lei Cidade Limpa chega aos postos de gasolina
Prefeitura de São Paulo decide proibir qualquer tipo de propaganda nos postos, exceto de preços dos combustíveis
Medida que barra anúncios de troca de óleo ou benefício para quem abastece no local passa a valer a partir do mês que vem na cidade de SP
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo endureceu as regras de publicidade nos postos de combustíveis.
A comissão que atua como
"juiz" da Lei Cidade Limpa, de
2007, decidiu ontem proibir
qualquer tipo de propaganda
dentro dos postos, exceto os
preços dos combustíveis.
Faixas, cartazes, banners, totens, tudo será proibido, mesmo que esteja debaixo da cobertura do posto. Continuam
permitidas as peças que divulguem os preços porque há uma
norma da Agência Nacional de
Petróleo sobre o assunto.
Regina Monteiro, presidente
da Comissão de Proteção da
Paisagem Urbana, diz que a decisão foi tomada ontem, mas só
passará a valer no mês que vem,
quando for aprovado o texto final da deliberação.
Segundo ela, os postos não
podem ser privilegiados pela
falta de paredes. Faixas com
propaganda de troca de óleo ou
benefícios para quem abastece
no local, por exemplo, não poderão ficar na área externa.
O sindicato que representa
os postos de combustíveis diz
que respeitará a norma, embora ainda precise analisá-la.
"Mas acho que a Lei Cidade
Limpa deveria valer para todo
mundo. Se você passa na porta
de um supermercado, vê um
monte de faixas. De repente,
não pode em posto de gasolina", afirma José Alberto Paiva
Gouveia, presidente do Sincopetro. Errado, segundo ele, é
"virar o foco" para os postos.
"Por que não posso informar
que dou lavagem de carro para
quem abastecer? Nosso consumidor não está andando na rua.
Ele está de carro, tem que ver
de longe para decidir parar ou
não. É bastante útil para que ele
não perca tempo", diz Gouveia.
Para ele, o mesmo vale para
cartazes com bandeiras de cartões que o posto aceita. "Posto
não é como loja, que chama
cliente por anúncio de jornal.
Tenho que laçar o cliente."
A Folha não conseguiu falar
com o Sindicom, de distribuidoras de combustíveis.
(EVANDRO SPINELLI E RICARDO GALLO)
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