São Paulo, sábado, 21 de maio de 2011

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Melhor em português inova conteúdos

Na Escola Estadual Ibrahim Nobre, professores ensinam matéria além da proposta pelo governo de São Paulo

Para a direção da escola, desempenho se deve ao empenho dos docentes e ao comportamento dos estudantes


DO "AGORA"

Professores dedicados, que levam conteúdos novos à sala de aula, muito além daquele proposto pelo governo do Estado, são apontados como os principais responsáveis pelo bom desempenho da Escola Estadual Ibrahim Nobre no Saresp 2010.
O 3º ano do ensino médio da unidade, localizada na região de Campo Grande, na zona sul da capital, registrou a melhor pontuação de língua portuguesa entre as escolas estaduais da cidade no exame aplicado pela Secretaria de Estado da Educação para avaliar estudantes de escolas públicas e privadas.
Com 301,7 pontos, a escola ficou muito acima da média das demais escolas da rede estadual, que tiveram 265,7.
Para os alunos e para a direção da escola, o sucesso se deve ao empenho dos professores e ao comportamento dos estudantes.
"Em outras escolas onde estudei, o professor passava a matéria na lousa e se sentava. Aqui, eles se esforçam para explicar e ainda fazem brincadeiras para tornar a aula mais descontraída", diz Henrique Garcia, 15, do 1º ano do ensino médio.
Outros estudantes concordam. "Aqui quase não tem aula vaga e os professores são exigentes. O reforço também ajuda porque tem um atendimento mais personalizado", diz o estudante Paulo Rogério Barbosa Júnior, 14.
Para a direção da escola, o fato de a maioria dos professores ser de efetivos e morar na região os mantêm na escola por um período maior, incentivando, assim, um trabalho mais aprofundado.
Nos últimos anos, a escola deu um salto. No exame de 2008, a nota de língua portuguesa do ensino médio da unidade estava abaixo da média das escolas da rede em todo o Estado -a escola obteve 263,1, enquanto a média foi de 272,5.
Além do empenho dos docentes, a inexistência de problemas graves relacionados à disciplina e à violência também são apontados como trunfos da escola.
"Frequentemente promovemos palestras sobre temas como drogas e violência. Os alunos também são responsáveis por esse bom resultado. A gente percebe que eles estão aqui para estudar, eles são interessados", afirma uma integrante da direção da escola.

RESSALVAS
Segundo os estudantes, porém, a estrutura da escola não merece os mesmos elogios atribuídos aos professores. Banheiros sujos, carteiras e vidros quebrados e falta de funcionário na biblioteca são os principais problemas citados pelos estudantes.


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