DA AGÊNCIA FOLHA

O apoio ao plano de FHC lançado ontem conta com o apoio de governadores da região Norte. Os dirigentes do Sudeste e Centro-Oeste apresentaram objeções.
No Acre, Jorge Viana (PT) aprovou sem ressalvas as medidas. "Vou pedir a FHC que seja marcada uma reunião com todos os governadores. A minha intenção é criar um mutirão contra a violência e a impunidade."
José de Abreu Bianco (PFL), governador de Rondônia, considerou positiva a iniciativa do presidente. "É bom saber que o ministro da Justiça ficará responsável. Assim temos um endereço para pedir ajuda", disse.
O governador do Amapá, João Capiberibe (PSB), acredita que o presidente "perdeu uma grande oportunidade" ao não debater o plano diretamente com os governadores, embora tenha manifestado apoio às medidas. "Somos nós que estamos no front da luta, conhecemos os problemas de segurança", afirmou.
Em Minas Gerais, Itamar (sem partido, ex-PMDB), disse, por meio de sua assessoria, que gostaria de conhecer melhor o plano antes de comentá-lo.
Itamar, no entanto, adiantou que "se os governadores ligados a ele (FHC) estão reclamando, imagine eu que não fui consultado nem cheirado (indagado, segundo o dicionário "Aurélio"), como se diz em Minas".
Marconi Ferreira Perillo Júnior (PSDB), de Goiás, acha que são "modestos" os R$ 3 bilhões previstos para investimentos até 2002. Ressaltou, no entanto, que a atitude de FHC de enfrentar o problema foi "corajosa".
José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT, de Mato Grosso do Sul, e Jarbas Vasconcelos (PMDB), de Pernambuco, avaliam que o governo deveria combater as causas que geram a violência, com políticas sociais e de emprego.


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