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Promotores e juíza recebem proteção
DA SUCURSAL DO RIO
Os quatro promotores responsáveis pela escuta telefônica em celulares usados por traficantes presos na penitenciária Bangu 1 (zona oeste) e a juíza da 1ª Vara
Criminal de Bangu, Sônia Maria Garcia Pinto, 45, que autorizou as gravações, estão desde terça-feira protegidos por um esquema especial de segurança.
Na tarde de ontem, a juíza chegou ao fórum do bairro escoltada por três seguranças.
As gravações revelaram o plano dos traficantes Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Marcos Marinho dos Santos, o Chapolim, de comprar um míssil Stinger, o mesmo usado pelos terroristas da Al Qaeda.
Procurados ontem, a juíza e os promotores não quiseram falar
sobre o esquema de proteção.
Depoimentos
O delegado Irineu Barroso, titular da 34ª DP (Delegacia de Polícia), disse que vai começar a ouvir, na próxima segunda-feira, 80
agentes penitenciários que trabalham em Bangu 1.
Apesar de ainda não ter provas,
o delegado disse acreditar que
houve conivência dos agentes na
entrada de celulares e drogas no
presídio. "Celular e maconha não
têm pernas", declarou.
Os únicos que prestaram depoimento até agora foram o diretor
do Desipe (Departamento do Sistema Penitenciário), Edson de
Oliveira Rocha Júnior, e o ex-diretor de Bangu 1, Durval Pereira de
Melo. Rocha Júnior afirmou não acreditar no envolvimento de
funcionários e do diretor.
O subsecretário de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública, coronel Antônio Freire, disse ontem que, há 20 dias, pediu à Justiça autorização para realizar interceptações telefônicas em celulares usados por presos. Ele disse que não obteve resposta. "Recebemos cinco números e solicitamos a escuta. Nesse meio tempo, o Ministério Público acabou realizando as escutas." (MHM)
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